terça-feira, 20 de julho de 2010

Países europeus leiloam títulos; Hungria não vende lote total

O leilão de títulos públicos promovido hoje pela Hungria não atraiu demanda suficiente para colocar todo o lote planejado. O governo pretendia vender 45 bilhões de forints (moeda húngara) em papéis de três meses, mas conseguiu apenas 35 bilhões de forints (US$ 156 milhões). Isso significa menor interesse do mercado pela aquisição dos títulos ou pressão para que o juro pago pelo governo seja maior.

Esse foi o primeiro leilão feito pelo governo húngaro depois de que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) suspenderam as negociações quanto a um pacote de auxílio financeiro ao país. O resultado do leilão provocou a desvalorização da moeda húngara.

Já a Irlanda, que teve seu rating soberano rebaixado ontem pela agência Moody´s, conseguiu colocar todo o lote de 1,5 bilhão de euros em títulos públicos de seis e dez anos em leilão realizado hoje. A demanda foi mais de três vezes superior ao montante do lote.

Outros países europeus com dificuldades para lidar com o déficit público também tiveram sucesso em seus leilões de títulos. A Grécia colocou quase 2 bilhões de euros em papéis de 13 semanas, também com demanda pelo triplo da quantidade. A Espanha, por sua vez, vendeu 6 bilhões de euros em títulos de 12 e 18 meses, com demanda duas vezes superior ao lote.

(Paula Cleto | Valor, com agências internacionais)

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