terça-feira, 16 de novembro de 2010

Gafisa tem lucro 83% maior no 3º tri e fica dentro do previsto.

 A construtora e incorporadora Gafisa encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 116,6 milhões, montante 83% superior ao obtido um ano antes. O resultado ficou em linha com a média de sete estimativas, que apontava para lucro de R$ 117 milhões para a empresa no período.
"O benefício maior está vindo de reduções de custos fixos, de despesas gerais e administrativas e melhora do lucro bruto", disse o diretor financeiro da Gafisa, Duílio Calciolari.
Em um ano, a companhia viu as despesas financeiras líquidas diminuírem de R$ 31 milhões para R$ 11,9 milhões em setembro, resultado da capitalização de perto de R$ 1 bilhão realizada em março. "Isso contribuiu, aproximadamente, com R$ 10 milhões em recursos líquidos", disse o executivo.
O resultado final foi beneficiado ainda por alta expressiva nas vendas contratadas, que foram de R$ 1,4 bilhão no trimestre, alta de 43% ano a ano. Com isso, a receita líquida cresceu 9,1%, para R$ 957,2 milhões.
Segundo a companhia, considerando ajustes - antes da dedução das participações de acionistas minoritários e despesas com planos de opção de ações -, o lucro líquido foi de R$ 132,9 milhões no último trimestre.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ajustado da companhia somou R$ 197,3 milhões entre julho e setembro, aumento de 13,4% sobre igual período de 2009, com margem de 20,6%.


LançamentosEntre julho e setembro, os lançamentos da Gafisa somaram R$ 1,45 bilhão, incremento de quase 140% na relação anual. Apesar do salto, a empresa reduziu a meta para o fechado do ano para entre R$ 4,2 bilhões e R$ 4,6 bilhões. Anteriormente, a previsão era de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões no ano.
Calciolari destacou que, às vésperas do término do ano, a companhia optou por "fechar" o número, fornecendo ao mercado uma visão mais clara sobre o resultado que será atingido.
"Faltam 45 dias para acabar o ano, não fazia sentido deixar aberto de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões", disse ele.
Nos nove meses de 2010, a empresa lançou R$ 2,9 bilhões, equivalentes a 67% do ponto médio da nova meta traçada, se considerada apenas a parte Gafisa. Os lançamentos consolidados somam R$ 3,8 bilhões.
"Teremos que lançar, em média, 1,45 bilhão (de reais no quarto trimestre)", afirmou o executivo, acrescentando que o saldo é "bastante atingível e razoável".
A Gafisa encerrou setembro com banco de terrenos compotencial para lançamentos de R$ 16,6 bilhões, sendo que R$ 2,02 bilhões foram adquiridos no trimestre passado.

Petrobras descobre óleo leve ao sul da Bacia de Santos

A Petrobras anunciou ter comprovado a presença de óleo leve em novo poço, ao sul da Bacia de Santos. A descoberta pode levar a empresa a transformar a região em um "novo polo de produção".
A área descoberta fica no bloco S-M-1352, da concessão BM-S-41, localizada a aproximadamente 15 quilômetros de Tiro e Sidon. Todos são reservatórios arenosos.
O novo poço fica localizado a cerca de 280 quilômetros da costa do Estado de São Paulo, em profundidade de água de 400 metros. Os reservatórios perfurados se encontram a 2,2 mil metros de profundidade.
A Petrobras detém 80% da concessão, após negociação de direitos de 20% para a Karron Petróleo e Gás, embora a cessão de direitos ainda esteja sob análise da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a estatal, o poço "continua em perfuração com o intuito de pesquisar outros objetivos mais profundos, ainda na seção pós sal".
"Essa descoberta confirma a adequação da estratégia exploratória na busca da formação de um novo polo de produção na porção sudoeste da Bacia de Santos, que poderá ser integrado por uma série de campos já descobertos, como Caravela, Cavalo Marinho, Coral e Tiro-Sidon; bem como por descobrir ou em processo de avaliação, como a do poço 1-BRSA-870-SPS no prospecto Marujá", divulgou a companhia.

De FHC a Lula, uma alta de 1.500% na Bolsa

Para chegar a uma Bolsa com promessas fortes em consumo e infraestrutura, os negócios com ações no Brasil passaram por uma forte evolução. Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu o comando do País, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), estava apenas no patamar de 4.300 pontos e registrava cerca de R$ 300 milhões em negócios por dia. Após 16 anos, Lula passa o bastão a Dilma com um índice na casa dos 72 mil pontos – uma alta de 1.500% - e uma Bolsa que negocia nada menos que cerca de R$ 5 bilhões diários.



A Bolsa de FHC
No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) o Ibovespa subiu 158,8%. As ações que lideraram os ganhos foram basicamente as de empresas que vendem commodities e as blue chips (as mais líquidas da Bolsa: Petrobras e Vale). Já com Lula, o Ibovespa teve alta de 535% e as commodities ainda estavam presentes, mas com menor peso. Os papéis de consumo já marcavam presença na lista de maiores altas.


    “No começo de Fernando Henrique, a economia estava em transição”, diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora. “A distribuição de renda ainda não era adequada e o consumo era fraco. Vale e Petrobras acabavam sendo os chamarizes para os investidores.”
Ações que se beneficiaram dos processos de privatização de suas empresas também brilharam de 1995 a 2002. “Fora AmBev e Souza Cruz, que são histórias de consumo conhecidas pelos gringos, Vale, CSN e Embraer são histórias de privatização”, conta Lika Takahashi, coordenadora de análise de investimento e estrategista da Fator Corretora.
A AmBev foi a maior alta do governo FHC, com 1.206%, seguida por Petrobras (917%), Souza Cruz (902%), Itaú Unibanco (881%), Gerdau (770%) e Vale (659%). A Embraer, citada por Lika, subiu 211,5%.
A executiva da Fator também lembra que a visão do mercado sobre a gestão de estatais durante o governo FHC beneficiou empresas como a Petrobras. “A capacidade de gestão das era mais bem avaliada.” A presença do Itaú na lista – o ranking das dez mais também tem sua holding, a Itaúsa (+497%) – é explicada por Lika como um jogo de ganha-ganha para os bancos. “Os bancos são sempre os bancos no Brasil. Sempre ganharam com os juros altos.”
Outro fator característico da Bolsa de FHC era a concentração por setores. Como o mercado era menos desenvolvido, vivia de histórias grandes e conhecidas pelos investidores. Com o aprimoramento dos sistemas e o próprio crescimento do mercado de capitais, no governo Lula, novos representantes começaram a aparecer e a Bolsa se pulverizou.


A Bolsa de Lula
Os especialistas dividem a Bovespa de Lula em duas partes: primeiro e segundo mandato. “Nos primeiros quatro anos do governo, o mundo viu um ciclo muito favorável para os preços de commodities”, lembra Catarina Pedrosa, diretora da área de gestão de recursos do Banif Investment. Esse quadro deu fôlego para algumas das maiores altas de todos os oito anos, como Usiminas (+2.635%) e CSN (+2.599%).
Já o segundo mandato começa a sentir os efeitos das políticas de distribuição de renda do governo e do crescimento maior da economia. Em média, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,3% ao ano no governo de Fernando Henrique e 4% com Lula.
“A melhora do consumo e do crédito abriu espaço para que representantes de outros setores se destacassem na Bovespa”, diz Galdi, da SLW. A expansão econômica também fez com que mais empresas buscassem o mercado de capitais para se financiar, ampliando o número de ações negociadas na Bovespa.
Nesse cenário, companhias ligadas a consumo e infraestrutura começaram a aparecer. Foi o caso de Lojas Renner, que liderou os ganhos do governo Lula com 9.562% de alta, Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR, com 3.538%), Lojas Americanas (+2.416%), TAM (+2.038%), América Latina Logística (+1.747%) e Banco do Brasil (+1.530%).

BC poderá reduzir taxa básica de juro a partir do ano que vem, afirma Mantega


Em entrevista após a reunião do G20, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Banco Central terá espaço para reduzir a taxa básica de juro já ano que vem, uma vez que Dilma Rousseff reduzirá o ritmo de expansão dos gastos públicos.
Segundo Mantega, o novo governo reduzirá o endividamento líquido dos atuais 41% do PIB (Produto Interno Bruto) para cerca de 30% até 2014, em função da maior independência do País dos financiamentos públicos, hiato que será coberto pelo crescimento  econômico, aponta o ministro.


Sustentação
"Os subsídios vão ser reduzidos (...) vamos criar as condições para que o setor privado conceda empréstimos de longo prazo", enfatiza Mantega. Contudo, a tendência de alta da inflação recente pode significar um entrave para os planos do ministro.
Os juros futuros apontam que o mercado trabalha com a hipótese do BC até subir a Selic no início do próximo ano, a fim de conter a inflação, que superou a meta anual de 4,5% nos últimos dois meses.

Rombo no PanAmericano pode superar R$ 2,5 bi, segundo jornal


O buraco nas contas do banco PanAmericano (BPNM4) pode ser superior aos R$ 2,5 bilhões informados até agora, segundo informações apuradas pelo jornal Folha de São Paulo, não confirmadas pela instituição financeira.
O valor total do rombo no banco está dividido em R$ 2,1 bilhões com operações de crédito e R$ 400 milhões na área de cartões, entretanto, foram os próprios dirigentes da holding do apresentador Silvio Santos que passaram essa informação ao Banco Central. Assim, a realização de investigações e novas auditorias poderão revelar um montante maior a ser coberto.


Apesar de ter sido contata pela equipe da Infomoney, a assessoria de imprensa do banco não quis comentar as informações.

Intimação
Outra questão em destaque é a possibilidade de que o BC (Banco Central) intime até a próxima sexta-feira (19) os ex-diretores do banco, para que expliquem as inconsistências contábeis que geraram o referido rombo.

Surge mais uma polêmica com a reativação da Telebrás

 Na sexta-feira,a estatal ressuscitada Telebrás assinou seu primeiro contrato de compra de equipamentos. A fabricante brasileira Padtec receberá R$ 17,5 milhões para fornecer os aparelhos para 73 pontos de presença no Anel Sudeste de sua rede óptica e 46 no Anel Sudeste. Com isso, a empresa conseguirá "iluminar" suas fibras e começará a prestar serviços. Os equipamentos serão entregues em um prazo de três e seis semanas.
A volta da Telebrás foi cercada de polêmica e, no caso de suas compras, não seria diferente. Em 29 de outubro, a Padtec venceu um pregão eletrônico de aparelhos com tecnologia DWDM (sigla de Dense Wavelength Division Multiplexing) com benefício da Medida Provisória 495, que dá preferência a produtos desenvolvidos e fabricados no Brasil nas compras do governo.
Jorge Salomão, presidente da Padtec, destacou que a companhia não foi beneficiada pela regra que permitia contratar os produtos brasileiros com preços até 25% maiores. "Isso demonstra a capacidade da engenharia brasileira de gerar produtos competitivos", disse o executivo.
Sediada em Campinas, a Padtec surgiu de um grupo de pesquisadores do CPqD, centro de pesquisas que pertenceu à Telebrás. Seus principais acionistas são o próprio CPqD e a Ideiasnet, holding de tecnologia do empresário Eike Batista. "A Padtec é líder em comunicações ópticas no Brasil",afirmou Hélio Graciosa, presidente do CPqD."Este será um ano bom independentemente da compra da Telebrás."
No pregão eletrônico de outubro, a Padtec havia apresentado um preço superior aos dos concorrentes, que eram as chinesas Huawei e a ZTE e a sueca Ericsson.
Por não atenderem à MP 495, os concorrentes foram desclassificados, sem conseguir comprovar desenvolvimento e fabricação local.
A Padtec,por outro lado,reduziu seu preço, que era de R$ 68,9 milhões, para R$ 63 milhões, abaixo da menor proposta, de R$ 63,1 milhões, que havia sido da ZTE.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.             

ADRs da Vale estão prontas para subir--Barron's

NOVA YORK (Reuters) - As ações da Vale estão subestimadas e poderiam ter uma alta substancial considerando a forte demanda da China por minério de ferro, afirmou a publicação Barron's em sua edição mais recente.
Levando-se em conta os ganhos estimados para este ano, as ações da Vale estão sendo negociadas abaixo dos papéis da rival australiana BHP e poderiam ter um impulso.
A avaliação considera que 40 por cento da receita da Vale em 2009 veio de vendas para a China, afirmou a publicação financeira semanal.
As ADRs da Vale fecharam na sexta-feira a 32,37 dólares na bolsa de Nova York.
Elas poderiam subir para cerca de 40 dólares.
De acordo com o CEO da Axion Capital Management, Joel Smolen, citado pela Barron's, as ADRs poderiam subir para 44 dólares no próximo ano, se a China permitir que sua moeda se aprecie.
A China é o maior importador global de minério de ferro.

Decisão judicial no Chile pode barrar projeto de Eike Batista

SANTIAGO (Reuters) - Uma decisão da Corte Suprema do Chile na segunda-feira sobre o uso do solo para uma planta termelétrica pode adiar ou até barrar a aprovação do projeto Castilla, de 4,4 bilhões de dólares, planejado pelo bilionário Eike Batista, disseram analistas do setor.
A corte aceitou uma determinação de uma corte de apelações na cidade de Copiapo, ao norte do país, que classificava como ilegal a mudança na qualificação do solo do projeto Castilla de "contaminante" para "incômodo" por uma autoridade local de saúde.
A classificação do solo é chave para que uma comissão regional de meio ambiente decida se permitirá ou não a construção do projeto.
Um advogado que representa um grupo de moradores próximo ao local, e que se opõe ao projeto, disse que a decisão do tribunal iria barrar a construção da planta numa região considerada ambientalmente sensível.
Mas a MPX de Eike Batista disse num comunicado que a decisão não bloqueou a aprovação do projeto. A MPX indicou que espera que a autoridade local da área de saúde classifique novamente a qualidade do solo de acordo com a decisão da corte.
Em comunicado, a MPX diz que reitera sua convicção de que o projeto Castilla cumpre com as normativas ambientais e padrões internacionais.
Em agosto, o presidente Sebastian Pinera convenceu a francesa GDF Suez a mudar a localização de uma termelétrica orçada em 1,1 bilhão de dólares depois de temores da opinião pública de que o projeto pudesse colocar a vida de pinguins ameaçados de extinção em perigo. A mudança de local ameaça acabar com o projeto, que pode ter que esperar anos para obter uma outra licença ambiental, disseram especialistas.
Dois analistas de mercado em Santiago disseram que a decisão da Suprema Corte pode adiar ou mesmo colocar um fim ao projeto Castilla, que tem investimentos planejados de 4,4 bilhões de dólares durante o período de 15 anos.