sábado, 11 de dezembro de 2010

Pernambuco anuncia siderúrgica de R$ 1,5 bilhão

RECIFE (Reuters) - O governo de Pernambuco anuncia nesta sexta-feira a implementação no Estado da Companhia Siderúrgica de Suape (CSS), cujo investimento é estimado em R$ 1,5 bilhão. A usina vai produzir por ano cerca de 1 milhão de toneladas de laminados a quente, a frio e revestidos.
A siderúrgica deverá ser erguida pela construtora Moura Dubeux Engenharia. Trata-se do primeiro grande empreendimento atraído pelo condomínio de negócios Cone Suape, da empresa Cone S.A, formada pelos sócios da Moura Dubeux e pelo Fundo de Infraestrutura/FGTS, gerido pela Caixa Econômica Federal.
Outro grande investimento em Pernambuco deverá ser anunciado no próximo dia 14, a instalação de uma fábrica de automóveis do Grupo Fiat no Estado, segundo disse à Reuters uma fonte próxima ao governo na quinta-feira.
A montadora está negociando a instalação da unidade produtiva no complexo industrial do porto de Suape, na cidade de Ipojuca (PE), afirmou a fonte. A Fiat tem sua capacidade de produção no Brasil praticamente tomada em sua única fábrica de carros em Betim (MG), com capacidade de cerca de 800 mil veículos por ano.

Mantega: estímulos a crédito de longo prazo saem na 5a-feira

BRASÍLIA (Reuters) - O governo anunciará na próxima quinta-feira medidas para estimular o financiamento privado de longo prazo, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"O setor privado tem dificuldade hoje de ter crédito de longo prazo, e nós vamos mexer em tributação, vamos mexer em linhas, vamos facilitar a captação de modo que o setor privado vai ter mais crédito de longo prazo a um preço mais baixo para estimular investimento", afirmou Mantega a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira.
Mantega tem anunciado desde agosto que o governo estuda fomentar o mercado de debêntures, inclusive isentando algumas modalidades do instrumento da incidência de Imposto de Renda. Também estão sendo avaliados aperfeiçoamentos das letras financeiras e dos certificados de recebíveis imobiliários.
O objetivo é reduzir a dependência das empresas do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ações da Vale serão negociadas na Bolsa de Hong Kong

A brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, vai negociar suas ações na Bolsa de Hong Kong, a partir da próxima quarta-feira, de olho nos investidores asiáticos, principalmente os chineses. Os papéis da mineradora serão negociados em duas classes de Hong Kong Depositary Receipts, que são recibos de ações dos papéis listados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ou seja, a empresa não vai lançar novos papéis nem captar recursos, apenas vai negociar ações já existentes em outra Bolsa de Valores.
Segundo o diretor-financeiro da Vale, Guilherme Cavalcanti, a empresa está confiante no crescimento da China e de outros emergentes da Ásia, diante de um cenário mundial de baixo dinamismo dos paísesdesenvolvidos. No ano passado, a China respondeu por 37% das receitas da mineradora.
- Nosso compromisso com a Ásia é de longo prazo, então não estou preocupado se os papéis serão um sucesso daqui a seis meses - afirmou o diretor - financeiro.

A Vale pensou em listar ações em outros mercados asiáticos, mas escolheu a Bolsa de Hong Kong, porque esta é maior, tem muitos investidores individuais se atrai aplicadores da China e de outros vizinhos, segundo Roberto Castello Branco, diretor de Relações com Investidores da companhia.
A empresa pretende disponibilizar 652 milhões de ações ordinárias (ON, que dão direito a voto na empresa ao investidor) e preferenciais (PN, sem esse direito). A companhia também negocia hoje recibos de suas ações da Bovespa na Bolsa de Nova York e na Bolsa de Paris. Somados os papéis em circulação, o valor de mercado da mineradora chegava a R$ 284 bilhões na última sexta-feira.
Cavalcanti disse neste domingo que que a Vale não projeta captar novos fundos em Hong Kong, mas que "essa possibilidade sempre existe no futuro". 

Vendas de cimento no país sobem 11,2% em novembro

As vendas de cimento no país registraram aumento de 11,2% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior, informa o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Foram vendidas 5,144 milhões de toneladas no mercado interno, enquanto em novembro de 2009 as vendas haviam somado 4,624 milhões de toneladas.

O aquecimento da construção civil pode ser verificado pelos dados do acumulado do ano, que mostram avanço de 14,7% nas vendas de cimento no mercado interno, para 54,298 milhões de toneladas. De janeiro a novembro do ano passado, as vendas haviam somado 47,349 milhões de toneladas.

No entanto, as exportações, que praticamente não têm peso no total das vendas, registraram queda de 43,9%, passando de 5 mil para 3 mil toneladas no mês. No acumulado do ano, a queda nas vendas ao mercado externo foi de 20,3%, passando de 43 mil para 34 mil toneladas.
(Juliana Ennes | Valor)