quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Saldo do Exercício de opções sobre o Índice Bovespa dia 15 dezembro


15 de dezembro de 2010 - O exercício de opções sobre o Índice Bovespa (Ibovespa) movimentou R$ 2,395 bilhões, com 34.800 contratos negociados. Do total, R$ 1,625 bilhão referem-se a opções de venda e R$ 770,28 milhões a opções de compra.

O Ibovespa a vista encerrou a sessão em queda de 1,27%, aos 67.870,14 pontos.  

Contratos que obtiveram os maiores volumes de exercício:

– Série a 70 mil pontos movimentou R$ 1,15 bilhão em opções de venda;

– Série a 68 mil pontos movimentou R$325,04 milhões em opções de compra;

– Série a 72 mil pontos movimentou R$230,40 milhões em opções de venda;

– Série a 65 mil pontos movimentou R$162,50 milhões em opções de compra;

– Série a 69 mil pontos movimentou R$154,56 milhões em opções de venda.

Vencimento de Ibovespa Futuro

No segmento BM&F, ocorreu o último dia de negociação do contrato de Ibovespa Futuro com vencimento em dezembro de 2010 (Z10). Foram negociados 26.680 contratos para este vencimento, que representaram volume financeiro de R$ 1,81 bilhão. O ajuste do dia ficou em 68.052 pontos. O número de contratos negociados nos três vencimentos no Ibovespa Futuro no dia de hoje foi de 76.105 e o volume financeiro de R$ 5,23 bilhões.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

No ano, estrangeiros acumulam R$ 6,907 bilhões na bolsa brasileira.

 Os investidores estrangeiros retiraram R$ 103,058 milhões da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na última sexta-feira, dia 10. Naquele pregão, após quatro sessões seguidas de queda, a Bolsa teve leve recuperação. O índice Bovespa (Ibovespa) fechou em alta de 0,68%, aos 68.341,83 pontos. O volume financeiro somou R$ 5,54 bilhões.
Em dezembro, até o dia 10, o saldo de capital externo na Bovespa está positivo em R$ 615,533 milhões, com compras de R$ 16,600 bilhões e vendas de R$ 15,984 bilhões. No ano, há um superávit acumulado de R$ 6,907 bilhões em recursos estrangeiros.          

sábado, 11 de dezembro de 2010

Pernambuco anuncia siderúrgica de R$ 1,5 bilhão

RECIFE (Reuters) - O governo de Pernambuco anuncia nesta sexta-feira a implementação no Estado da Companhia Siderúrgica de Suape (CSS), cujo investimento é estimado em R$ 1,5 bilhão. A usina vai produzir por ano cerca de 1 milhão de toneladas de laminados a quente, a frio e revestidos.
A siderúrgica deverá ser erguida pela construtora Moura Dubeux Engenharia. Trata-se do primeiro grande empreendimento atraído pelo condomínio de negócios Cone Suape, da empresa Cone S.A, formada pelos sócios da Moura Dubeux e pelo Fundo de Infraestrutura/FGTS, gerido pela Caixa Econômica Federal.
Outro grande investimento em Pernambuco deverá ser anunciado no próximo dia 14, a instalação de uma fábrica de automóveis do Grupo Fiat no Estado, segundo disse à Reuters uma fonte próxima ao governo na quinta-feira.
A montadora está negociando a instalação da unidade produtiva no complexo industrial do porto de Suape, na cidade de Ipojuca (PE), afirmou a fonte. A Fiat tem sua capacidade de produção no Brasil praticamente tomada em sua única fábrica de carros em Betim (MG), com capacidade de cerca de 800 mil veículos por ano.

Mantega: estímulos a crédito de longo prazo saem na 5a-feira

BRASÍLIA (Reuters) - O governo anunciará na próxima quinta-feira medidas para estimular o financiamento privado de longo prazo, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"O setor privado tem dificuldade hoje de ter crédito de longo prazo, e nós vamos mexer em tributação, vamos mexer em linhas, vamos facilitar a captação de modo que o setor privado vai ter mais crédito de longo prazo a um preço mais baixo para estimular investimento", afirmou Mantega a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira.
Mantega tem anunciado desde agosto que o governo estuda fomentar o mercado de debêntures, inclusive isentando algumas modalidades do instrumento da incidência de Imposto de Renda. Também estão sendo avaliados aperfeiçoamentos das letras financeiras e dos certificados de recebíveis imobiliários.
O objetivo é reduzir a dependência das empresas do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ações da Vale serão negociadas na Bolsa de Hong Kong

A brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, vai negociar suas ações na Bolsa de Hong Kong, a partir da próxima quarta-feira, de olho nos investidores asiáticos, principalmente os chineses. Os papéis da mineradora serão negociados em duas classes de Hong Kong Depositary Receipts, que são recibos de ações dos papéis listados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ou seja, a empresa não vai lançar novos papéis nem captar recursos, apenas vai negociar ações já existentes em outra Bolsa de Valores.
Segundo o diretor-financeiro da Vale, Guilherme Cavalcanti, a empresa está confiante no crescimento da China e de outros emergentes da Ásia, diante de um cenário mundial de baixo dinamismo dos paísesdesenvolvidos. No ano passado, a China respondeu por 37% das receitas da mineradora.
- Nosso compromisso com a Ásia é de longo prazo, então não estou preocupado se os papéis serão um sucesso daqui a seis meses - afirmou o diretor - financeiro.

A Vale pensou em listar ações em outros mercados asiáticos, mas escolheu a Bolsa de Hong Kong, porque esta é maior, tem muitos investidores individuais se atrai aplicadores da China e de outros vizinhos, segundo Roberto Castello Branco, diretor de Relações com Investidores da companhia.
A empresa pretende disponibilizar 652 milhões de ações ordinárias (ON, que dão direito a voto na empresa ao investidor) e preferenciais (PN, sem esse direito). A companhia também negocia hoje recibos de suas ações da Bovespa na Bolsa de Nova York e na Bolsa de Paris. Somados os papéis em circulação, o valor de mercado da mineradora chegava a R$ 284 bilhões na última sexta-feira.
Cavalcanti disse neste domingo que que a Vale não projeta captar novos fundos em Hong Kong, mas que "essa possibilidade sempre existe no futuro". 

Vendas de cimento no país sobem 11,2% em novembro

As vendas de cimento no país registraram aumento de 11,2% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior, informa o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Foram vendidas 5,144 milhões de toneladas no mercado interno, enquanto em novembro de 2009 as vendas haviam somado 4,624 milhões de toneladas.

O aquecimento da construção civil pode ser verificado pelos dados do acumulado do ano, que mostram avanço de 14,7% nas vendas de cimento no mercado interno, para 54,298 milhões de toneladas. De janeiro a novembro do ano passado, as vendas haviam somado 47,349 milhões de toneladas.

No entanto, as exportações, que praticamente não têm peso no total das vendas, registraram queda de 43,9%, passando de 5 mil para 3 mil toneladas no mês. No acumulado do ano, a queda nas vendas ao mercado externo foi de 20,3%, passando de 43 mil para 34 mil toneladas.
(Juliana Ennes | Valor)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fluxo estrangeiro fica positivo em R$ 1,596 bi na Bovespa em novembro

Um cenário conturbado ao longo de novembro não foi motivo para os investidores estrangeiros reduzirem sua atuação no mercado acionário brasileiro.
No período, as compras (R$ 43,665 bilhões) dos não residentes na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) superaram suas vendas (R$ 42,069 bilhões) em R$ 1,596 bilhão, repetindo o desempenho visto em outubro (R$ 1,595 bilhão). Apesar do movimento, o Ibovespa acumulou perda de 4,20% no último mês, aos 67.705 pontos, e teve o pior novembro da década.
O último mês foi marcado por uma série de eventos internacionais, como o aumento da inflação na China e as expectativas de um aperto monetário, pela situação fiscal negativa de países europeus e pelos conflitos militares entre as Coreias do Norte e do Sul.
Por outro lado, a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de impulsionar a economia do país com a injeção de US$ 600 bilhões pode ter incentivado os investimentos em países em desenvolvimento, como o Brasil, que dessem maior retorno.
Este foi o quinto mês do ano em que as injeções de capital estrangeiro no mercado doméstico superaram as saídas, mas o valor ainda ficou abaixo do registrado em março (R$ 3,151 bilhões), julho (R$ 3,508 bilhões) e setembro (R$ 3,136 bilhões).
Das quatro semanas de novembro - excluídos os dois últimos dias do mês -, o saldo estrangeiro na Bovespa ficou positivo na primeira (R$ 460,7 milhões), na terceira (R$ 371,4 milhões) e na quarta (R$ 816,3 milhões). Já entre os dias 8 e 12, as vendas do investidor não residente na Bovespa ultrapassaram suas compras em R$ 104,7 milhões.
Somente na última terça-feira (30), quando o Ibovespa recuou 0,30%, o fluxo direto do estrangeiro ficou negativo em R$ 39,6 milhões.
Na trajetória oposta a do não residente, os saldos de atuação do investidor institucional e de pessoa física em novembro ficaram negativos em R$ 1,245 bilhão e em R$ 504 milhões, respectivamente.
Com o movimento do estrangeiro no mês passado, seu saldo de atuação no mercado brasileiro ficou positivo em R$ 6,292 bilhões no acumulado do ano.
Ranking
No mês passado, os investidores estrangeiros seguiram com a primeira posição na lista de participação na Bovespa, respondendo por 34,03% de todas as compras e vendas no período. Em segundo lugar, apareceram os institucionais, com 32,56% da representação, seguidos pelas pessoas físicas, que ficaram com uma fatia de 23,9% no intervalo.
(Beatriz Cutait | Valor)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Após rombo, Silvio Santos tira Liderança Capitalização do Panamericano

Na sequência do escândalo contábil no Panamericano, o grupo Silvio Santos promoveu neste mês a retirada da Liderança Capitalização - responsável pela emissão da Tele Sena - do capital da instituição financeira.
A participação da Liderança no banco - representada por um total de 60,983 milhões de ações ordinárias - foi integralmente comprada pela holding Silvio Santos Participações, a mesma usada pelo empresário para injetar R$ 2,5 bilhões no banco.
A operação foi realizada no dia 17 de novembro, oito dias após o anúncio das inconsistências contábeis que causaram um rombo bilionário na instituição financeira.
Com a aquisição, a participação da holding de Silvio Santos no capital total do Panamericano sobe de 12% para aproximadamente 37%.
Em comunicado ao mercado, a instituição financeira afirma que a operação não tem o objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa do Panamericano, tratando-se, apenas, de uma "mera reorganização societária" dentro do grupo Silvio Santos.
(Eduardo Laguna | Valor)

Gerdau não vê melhora em margem Ebitda no 1o trimestre

Uma eventual melhora nas margens da Gerdau nos três primeiros meses do próximo ano foi descartada nesta terça-feira pela companhia, após uma queda no lucro do terceiro trimestre.
Em reunião com analistas e investidores, os principais executivos da siderúrgica comentaram que um cenário de excesso de capacidade produtiva da indústria, custos em alta e competição elevada devem continuar mantendo a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) sob pressão.
Com isso, a siderúrgica considera que os preços de aço em 2011 permanecerão pressionados, apesar da tendência de queda das importações de aços longos pelo Brasil no próximo ano.
Às 11h08, as ações da Gerdau exibiam queda de 0,31 por cento, a 19,54 reais, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,74 por cento.
No terceiro trimestre, a Gerdau teve margem Ebitda de 15 por cento, abaixo dos 20 por cento um ano antes e dos 21 por cento registrados de abril a junho de 2010. O lucro líquido caiu 7 por cento na comparação anual.
(Por Guillermo Parra-Bernal)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Usiminas sem fornecimento de carvão

Desde a quinta-feira, 18, a Usiminas e demais siderúrgicas mineiras que utilizam o carvão mineral em sua produção de aço, estão impossibilitadas de receber o insumo, importado da China por via marítima.  O problema foi causado pelas fortes chuvas e pelos ventos de até 118 km/h que atingiram o Porto de Praia Mole, na cidade de Serra, no Espírito Santo, e jogaram ao mar dois descarregadores de navios (guindastes).
O porto, que tem capacidade para 14 milhões de toneladas anuais, é operado pela Vale. Por meio dele, somente no ano passado, entraram no país 8,9 milhões de toneladas de carvão mineral.
Para se ter uma ideia da importância desse produto para a siderurgia, a cada tonelada de aço produzido em Ipatinga são empregados de 600 a 700 quilos do insumo, também conhecido por coque.  Formado essencialmente por carbono, esse elemento químico é usado para sinterizar (anular) o oxigênio existente no minério de ferro, reduzindo assim o fator oxidação (ferrugem) do aço.
Mas o carvão vegetal, feito a partir da queima de madeira de reflorestamento, também se presta a essa função de “sinterização” e cada vez é mais utilizado na ArcelorMittal Brasil. Em parte, por essa razão a empresa, que usa muito pouco do produto importado na antiga fábrica da Acesita, em Timóteo, disse que suas operações não foram afetadas. Já a Usiminas se limitou a informar que busca alternativas para contornar o problema.
“Em virtude do incidente no terminal de carvão da Vale, em Vitória-ES, a Usiminas deverá utilizar os estoques existentes em suas duas usinas  para manter o ritmo de produção. Paralelamente, a empresa estuda outras alternativas logísticas para o abastecimento de carvão”, resume a nota da companhia.

Reparos no porto devem  começar neste domingo
Através de nota, a Vale informou que especialistas iniciaram nesta quinta-feira (25) os estudos de engenharia avançada que irão direcionar a operação de retirada dos descarregadores de navio (DNs).
A previsão é que os trabalhos sejam iniciados neste domingo, mas não há prazo definido para conclusão. A nota frisa que, para a retirada, serão utilizados equipamentos específicos para esse tipo de operação, “alguns dos mais avançados do mundo”.
A Vale esclareceu ainda que todas as medidas preventivas estão sendo executadas, a fim de que o impacto ao meio ambiente seja mínimo. A empresa informa, também, que está empenhando esforços para efetuar a ação “da forma mais segura possível e garantir o fornecimento aos seus clientes”.

IABr vê ameaça a projetos siderúrgicos no Brasil

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Grande parte dos investimentos siderúrgicos brasileiros poderão ser reavaliados diante da realidade do setor, disse nesta quinta-feira o presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro do Aço, André Gerdau Johannpeter, citando obstáculos como câmbio, aumento das importações, guerra tributária e excesso de estoques no exterior.

Ele estimou que dos 39,8 bilhões de dólares de investimentos previstos entre 2009-2016, cerca de 22,5 bilhões de dólares, poderiam ser suspensos dependendo da evolução do mercado.

De acordo com o presidente do IaBr, Marco Polo de Mello Lopes, as usinas que estão em estudo podem não ir adiante, como ocorreu recentemente com a Usiminas, que desistiu de fazer uma nova usina. Ele citou também projetos da Vale no Pará e no Espírito Santo como projetos que poderiam ser adiados.

"No mínimo o que está havendo nesse momento é um processo de reflexão...o que está em andamento não tem retorno, como a Vallorec (grupo francês), mas as demais empresas vão esperar um pouco", disse Lopes, referindo-se ao projeto da francesa com o grupo japonês Sumitomo.

O IABr apresentou nesta quinta-feira suas projeções para o fechamento de 2010, mas poucas previsões para 2011. "Qual vai ser o câmbio? Como vão estar as importações? Quanto vai demandar o mercado interno para a Copa, Olimpíadas, Minha Casa Minha Vida, PAC 2?", questionou o executivo sobre as incertezas do setor.

Para este ano a previsão da produção é de alta de 24,9 por cento em relação a 2009, para 33,1 milhões de toneladas; as vendas internas devem subir 30,4 por cento, para 21,3 milhões de toneladas; exportações de 8,6 milhões, 0,7 por cento a mais do que há um ano e importações recordes de 5,9 milhões de toneladas, 153,9 por cento maior do que em 2009.

"Não conseguimos, porém, estimar números de comércio exterior, porque dependerá da evolução das condições de competitividade da indústria brasileira frente à concorrência desleal, custos tributários elevados e política cambial", afirmou Lopes a jornalistas.

O IABr considerou que ainda existem muitas dúvidas em relação ao próximo ano, e por isso estimou apenas uma previsão de capacidade de produção de 47 milhões de toneladas e um consumo aparente 6 por cento maior em relação ao projetado para 2010, de 28,3 milhões de toneladas.

"Tem que se decidir que país queremos...se quer voltar a exportar bens primários, ok, só tem que falar com a gente pra a gente deixar de investir", disparou Lopes.

Ele criticou também as importações realizadas pela Transpetro, braço de transportes da Petrobras, que no seu programa de expansão da frota até o momento comprou mais aço importado do que nacional na construção dos seus navios.

"É muito confortável para o Sérgio Machado (presidente da Transpetro) se vangloriar que está trazendo aço a preço competitivo quando você tem uma vantagem cambial", afirmou Lopes.

Para tentar reduzir pelo menos um dos obstáculos, o Iabr vem apoiando o movimento de algumas entidades contra a guerra fiscal dos estados que possuem portos e outros que lutam contra as importações por preço abaixo do praticado no Brasil.

"A CNI e a Força Sindical já entraram com adins (ação inconstitucional) nos estados de Santa Catarina e Paraná para barrar os incentivos fiscais, e quatro empresas já entraram com ações anti-dumping", disse, referindo-se à CSN, ArcelorMittal Inox, Usiminas e Vallourec.

Segundo Lopes, as quatro ações fazem parte de um universo de 38 que estão em andamento no momento na América Latina contra a concorrência desleal do aço importado.

Importações de aço crescem 154% em 2010 e batem recorde

Diante da queda do dólar e do excesso de capacidade da indústria siderúrgica global, as importações de aço brasileiras cresceram a uma taxa recorde de 154% em 2010. Tal ritmo de expansão supera o da produção doméstica, que subiu 25% na comparação com 2009, segundo dados do IABr (Instituto Aço Brasil).


 Desse modo, a maior parte do crescimento da demanda foi atendido pelo mercado externo. "No pós-crise, a América Latina passou a atrair volumes crescentes de exportações e isso foi percebido claramente no Brasil. O recorde de consumo infelizmente não significou recorde de produção de aço no país, mesmo com sobra de capacidade", afirmou o presidente do Conselho Diretor do IABr, André Gerdau Johannpeter.
Pelos dados do IABr, a fabricação de aço no país somou 33,1 milhões de toneladas. O resultado está abaixo do recorde de 33,7 milhões de 2008, alcançado antes da crise global do fim de 2008 e que se arrastou por todo o ano passado.

Segundo o IABr, dois são os motivos para o crescimento das importações de aço: a queda do dólar, que barateia o aço produzido no exterior, e a sobra do produto na Europa e na Ásia, com exceção da China.
Com isso, o consumo aparente de aço (produção doméstica acrescida de importações e descontadas as exportações) subiu 44% ante 2009 e de 11% na comparação com 2008. Já as vendas internas de aço cresceram 30%. As exportações, por sua vez, subiram apenas 1% em 2010.
Para 2011, o IABr estima um crescimento de 6% no consumo de aço, mas o instituto não fez previsões para exportações, importações e produção doméstica em razão das incertezas quanto à evolução do câmbio e dos excedentes de oferta de outros países.

Diretoria do Banco Panamericano vendeu quase R$ 1 milhão em ações do banco entre setembro e outubro

  A diretoria do Banco Panamericano vendeu quase R$ 1 milhão em ações do banco entre setembro e outubro, período em que o Banco Central (BC) já investigava um rombo bilionário na instituição. As informações constam de documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O caso só veio à tona em 9 de novembro.
Todas as oscilações estão sendo investigadas pela autarquia, que apura irregularidades no caso, incluindo o uso de informação privilegiada por parte de investidores, o que é crime contra o mercado de capitais. Em setembro, os diretores venderam o equivalente a R$ 241 mil e, em outubro, R$ 725,9 mil.
O Banco Central pediu explicações ao Panamericano em 8 de setembro. Em 14 do mesmo mês, recebeu correspondência da instituição do Grupo Silvio Santos solicitando prazo adicional para prestar esclarecimentos. No dia 22 de setembro, houve reconhecimento formal sobre as divergências contábeis.

As ações preferenciais do Panamericano também registraram um pico de vendas no dia 17 de setembro - depois de o BC ter pedido os esclarecimentos ao banco. No dia 17 de setembro, foram negociados R$ 20,6 milhões do papel, valor muito acima da média do mês e do ano.
Em todo o mês de setembro, com exceção do dia 17, o máximo transacionado foi de R$ 3,32 milhões (27/9). A ação só ultrapassou neste ano os R$ 10 milhões de volume negociado em casos isolados. O histórico mostra que, em grande parte das vezes, o volume ficou abaixo de R$ 1 milhão/dia.
A BES Securities foi responsável pela maior parte do volume de negócios do dia 17, uma sexta-feira, com R$ 17,6 milhões vendidos. Logo depois vem a corretora Gradual, com R$ 1,5 milhão em vendas. O papel fechou em queda de 1,09% no dia, cotado a R$ 8,10. Ontem, o papel fechou a R$ 4,75.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta semana que já tinha informações sobre um problema no sistema financeiro desde julho. Mas, segundo ele, o BC demorou para, num cruzamento de dados, descobrir que o rombo de R$ 2,5 bilhões estava concentrado num só banco, o Panamericano, do empresário Silvio Santos.
De julho até 17 de setembro, o volume transacionado com o papel preferencial da instituição não ultrapassou a casa dos R$ 6 milhões por dia. Houve novo pico de negociação a partir de 4 de novembro, cinco dias antes de o caso vir à tona. Naquele dia, foram transacionados R$ 19,2 milhões. No dia 9, houve outro repique, desta vês de R$ 48,7 milhões, embora o fato relevante sobre o caso tenha sido divulgado depois do fechamento do mercado.
 As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dilma convida Tombini para comandar BC

A presidente eleita Dilma Rousseff convidou nesta terça-feira o diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, para substituir Henrique Meirelles no comando do BC, segundo notícia do site do jornal Folha de S.Paulo.
Ainda segundo o site, que não citou fontes na reportagem, Dilma já chamou Miriam Belchior para ocupar o cargo de ministra do Planejamento, no lugar de Paulo Bernardo.
Com Guido Mantega, que continuará como ministro da Fazenda, as escolhas completam o trio que formará o Conselho Monetário Nacional (CMN) no governo Dilma. Mantega foi convidado e aceitou continuar à frente da Fazenda na semana passada.
Mas nenhum anúncio oficial foi feito até agora. Nesta tarde, Helena Chagas, assessora de imprensa da presidente eleita, disse que os nomes devem ser formalizados até quinta-feira. Ainda segundo a assessora, Dilma deveria se reunir com Meirelles entre esta terça e quarta-feira.
A escolha de Tombini representa uma solução caseira para o comando do BC e era o nome mais mencionado na imprensa nos últimos dias, a partir do momento que ficou claro que Meirelles não continuaria no cargo.
Tombini, que é bem-visto pelo mercado, já fora cotado meses atrás, quando o presidente do BC chegou a pensar em deixar o banco para disputar as eleições de outubro.
A ansiedade entre os investidores cresceu desde que fontes confirmaram a manutenção de Mantega, considerado menos rigoroso com os gastos públicos, à frente da Fazenda. Parte do mercado gostaria de ter um contrapeso a Mantega no comando da autoridade monetária, que poderia continuar sendo o próprio Meirelles.  

Tesouro paga mais pela NTN-B

A elevação dos juros que marcou esta manhã foi estendida ao leilão tradicional de títulos federais indexados ao IPCA - as Notas do Tesouro Nacional da série B (NTN-B). As taxas de retorno desses papéis, que havia rompido o suporte de 6% ao ano ou da meta atuarial dos fundos de pensão, voltaram a superar 6% ao ano.
O Tesouro colocou à venda 1,25 milhão de títulos de seis vencimentos diferentes e vendeu 841 mil unidades ou cerca de 67% da oferta. Esse montante corresponde a R$ 1,669 bilhão.
A NTN-B com vencimento em agosto de 2014 foi vendida por taxa média de 6,1905% ao ano acima da inflação; o vencimento agosto de 2016, a 6,1324% ao ano; o vencimento agosto de 2020 saiu a 6,0324%; o lote agosto de 2030, a 6,0349%; agosto de 2040, a 5,9571%; e, agosto de 2050, a 5,8957% ao ano.
A liquidação financeira do leilão ocorre amanhã cedo.
(Angela Bittencourt | Valor)

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Os investidores que não gostam de se expor tanto ao risco devem ficar atentos a fundos que envolvam as NTN-B o Banco do Brasil possui um fundo de renda fixa baseado em NTN-B e que tem dado rendimentos superiores a 1.4% ao mês.


Enjoy 
  Ductor

Fed piora estimativas para PIB dos EUA em 2010 e 2011

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) piorou consideravelmente suas estimativas para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) real dos EUA neste ano e no próximo. Agora, a autoridade monetária estima uma expansão entre 2,4% e 2,5% em 2010, abaixo da previsão feita em junho, que era de uma variação entre 3% e 3,5%.
Para o ano que vem, a faixa central da estimativa de crescimento econômico vai de 3% a 3,6%, também pior do que a projetada em junho, entre 3,5% e 4,2%. Apesar da piora nas projeções, a autoridade monetária manteve a expectativa de expansão econômica no longo prazo entre 2,5% e 2,8% .
O cálculo dessa estimativa central leva em conta as previsões dos diretores do Fed e dos presidentes das suas unidades regionais, descontando as três mais altas e as três mais baixas. Para 2012, a banda é de 3,6% a 4,5% - com piso ligeiramente superior ao previsto em junho, que era de 3,5%. Para 2013, a primeira previsão do grupo é de crescimento econômico entre 3,5% e 4,6%.
Segundo o Fed, os dados mostram que a atividade econômica no primeiro semestre ficou abaixo do esperado e isso influenciou a piora nas expectativas quanto aos indicadores. Os diretores lembram de fatores que devem continuar a conter a recuperação, tais como a debilidade do mercado imobiliário - comercial e residencial - a necessidade de controle de gastos por parte de governos regionais, o acesso ao crédito ainda apertado e a cautela dos consumidores em comprar e dos empresários em contratar.
Os dirigentes da autoridade monetária também elevaram a expectativa para a taxa de desemprego. Em 2010, a faixa central agora está em 9,5% a 9,7%. Em junho, o Fed projetava taxa de desemprego entre 9,2% e 9,5%. Para 2011, a faixa central vai de 8,9% a 9,1%, também acima da banda de 8,3% a 8,7% calculada em junho. O pessimismo se estende até 2012, quando o desemprego deve se situar entre 7,7% e 8,2% da população economicamente ativa dos EUA (em junho, a a faixa ia de 7,1% a 7,5%). Na primeira projeção para 2013, os diretores esperam desemprego entre 6,9% e 7,4%, enquanto a taxa de longo prazo é estimada em uma banda de 5% a 6%.
Subiram ainda as estimativas da inflação medida pelo PCE (índice de preços dos gastos com consumo dos norte-americanos). Em 2010, o núcleo do indicador, que desconta preços de alimentos e energia, deve variar de 1% a 1,1%, ligeiramente acima da faixa de 0,8% a 1% da previsão anterior. O indicador geral, por sua vez, deve se situar entre 1,2% e 1,4% neste ano, contra projeção anterior de 1% a 1,1%.
O núcleo da inflação medida pelo PCE deve ficar em uma faixa de 0,9% a 1,6% em 2011 (anterior: 0,9% a 1,3%), de 1% a 1,6% em 2012 e de 1,1% a 2% em 2013. O PCE geral deve variar entre 1,1% e 1,7% no ano que vem, entre 1,1% e 1,8% no ano seguinte, e 1,2% e 2% em 2013.
(Paula Cleto | Valor)

Controladores da Amil vendem 2,9% do capital para elevar free float

Os controladores da Amil Participações venderam fatia de 2,9% do capital em um leilão realizado hoje na BMFBovespa, informa a companhia.
A operação teve como finalidade aumentar o número de ações em circulação no mercado, devido à forte demanda pelo papel ocorrida nas últimas semanas com a inclusão da empresa no índice MSCI Brazil Standard.
Com isso, o percentual de ações em circulação (free float) passou de 27,7% para 30,6%. Após a oferta, os acionistas controladores continuam com uma participação de 66,8% do capital da Amilpar.
(Téo Takar | Valor)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Gafisa tem lucro 83% maior no 3º tri e fica dentro do previsto.

 A construtora e incorporadora Gafisa encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 116,6 milhões, montante 83% superior ao obtido um ano antes. O resultado ficou em linha com a média de sete estimativas, que apontava para lucro de R$ 117 milhões para a empresa no período.
"O benefício maior está vindo de reduções de custos fixos, de despesas gerais e administrativas e melhora do lucro bruto", disse o diretor financeiro da Gafisa, Duílio Calciolari.
Em um ano, a companhia viu as despesas financeiras líquidas diminuírem de R$ 31 milhões para R$ 11,9 milhões em setembro, resultado da capitalização de perto de R$ 1 bilhão realizada em março. "Isso contribuiu, aproximadamente, com R$ 10 milhões em recursos líquidos", disse o executivo.
O resultado final foi beneficiado ainda por alta expressiva nas vendas contratadas, que foram de R$ 1,4 bilhão no trimestre, alta de 43% ano a ano. Com isso, a receita líquida cresceu 9,1%, para R$ 957,2 milhões.
Segundo a companhia, considerando ajustes - antes da dedução das participações de acionistas minoritários e despesas com planos de opção de ações -, o lucro líquido foi de R$ 132,9 milhões no último trimestre.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ajustado da companhia somou R$ 197,3 milhões entre julho e setembro, aumento de 13,4% sobre igual período de 2009, com margem de 20,6%.


LançamentosEntre julho e setembro, os lançamentos da Gafisa somaram R$ 1,45 bilhão, incremento de quase 140% na relação anual. Apesar do salto, a empresa reduziu a meta para o fechado do ano para entre R$ 4,2 bilhões e R$ 4,6 bilhões. Anteriormente, a previsão era de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões no ano.
Calciolari destacou que, às vésperas do término do ano, a companhia optou por "fechar" o número, fornecendo ao mercado uma visão mais clara sobre o resultado que será atingido.
"Faltam 45 dias para acabar o ano, não fazia sentido deixar aberto de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões", disse ele.
Nos nove meses de 2010, a empresa lançou R$ 2,9 bilhões, equivalentes a 67% do ponto médio da nova meta traçada, se considerada apenas a parte Gafisa. Os lançamentos consolidados somam R$ 3,8 bilhões.
"Teremos que lançar, em média, 1,45 bilhão (de reais no quarto trimestre)", afirmou o executivo, acrescentando que o saldo é "bastante atingível e razoável".
A Gafisa encerrou setembro com banco de terrenos compotencial para lançamentos de R$ 16,6 bilhões, sendo que R$ 2,02 bilhões foram adquiridos no trimestre passado.

Petrobras descobre óleo leve ao sul da Bacia de Santos

A Petrobras anunciou ter comprovado a presença de óleo leve em novo poço, ao sul da Bacia de Santos. A descoberta pode levar a empresa a transformar a região em um "novo polo de produção".
A área descoberta fica no bloco S-M-1352, da concessão BM-S-41, localizada a aproximadamente 15 quilômetros de Tiro e Sidon. Todos são reservatórios arenosos.
O novo poço fica localizado a cerca de 280 quilômetros da costa do Estado de São Paulo, em profundidade de água de 400 metros. Os reservatórios perfurados se encontram a 2,2 mil metros de profundidade.
A Petrobras detém 80% da concessão, após negociação de direitos de 20% para a Karron Petróleo e Gás, embora a cessão de direitos ainda esteja sob análise da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a estatal, o poço "continua em perfuração com o intuito de pesquisar outros objetivos mais profundos, ainda na seção pós sal".
"Essa descoberta confirma a adequação da estratégia exploratória na busca da formação de um novo polo de produção na porção sudoeste da Bacia de Santos, que poderá ser integrado por uma série de campos já descobertos, como Caravela, Cavalo Marinho, Coral e Tiro-Sidon; bem como por descobrir ou em processo de avaliação, como a do poço 1-BRSA-870-SPS no prospecto Marujá", divulgou a companhia.

De FHC a Lula, uma alta de 1.500% na Bolsa

Para chegar a uma Bolsa com promessas fortes em consumo e infraestrutura, os negócios com ações no Brasil passaram por uma forte evolução. Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu o comando do País, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), estava apenas no patamar de 4.300 pontos e registrava cerca de R$ 300 milhões em negócios por dia. Após 16 anos, Lula passa o bastão a Dilma com um índice na casa dos 72 mil pontos – uma alta de 1.500% - e uma Bolsa que negocia nada menos que cerca de R$ 5 bilhões diários.



A Bolsa de FHC
No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) o Ibovespa subiu 158,8%. As ações que lideraram os ganhos foram basicamente as de empresas que vendem commodities e as blue chips (as mais líquidas da Bolsa: Petrobras e Vale). Já com Lula, o Ibovespa teve alta de 535% e as commodities ainda estavam presentes, mas com menor peso. Os papéis de consumo já marcavam presença na lista de maiores altas.


    “No começo de Fernando Henrique, a economia estava em transição”, diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora. “A distribuição de renda ainda não era adequada e o consumo era fraco. Vale e Petrobras acabavam sendo os chamarizes para os investidores.”
Ações que se beneficiaram dos processos de privatização de suas empresas também brilharam de 1995 a 2002. “Fora AmBev e Souza Cruz, que são histórias de consumo conhecidas pelos gringos, Vale, CSN e Embraer são histórias de privatização”, conta Lika Takahashi, coordenadora de análise de investimento e estrategista da Fator Corretora.
A AmBev foi a maior alta do governo FHC, com 1.206%, seguida por Petrobras (917%), Souza Cruz (902%), Itaú Unibanco (881%), Gerdau (770%) e Vale (659%). A Embraer, citada por Lika, subiu 211,5%.
A executiva da Fator também lembra que a visão do mercado sobre a gestão de estatais durante o governo FHC beneficiou empresas como a Petrobras. “A capacidade de gestão das era mais bem avaliada.” A presença do Itaú na lista – o ranking das dez mais também tem sua holding, a Itaúsa (+497%) – é explicada por Lika como um jogo de ganha-ganha para os bancos. “Os bancos são sempre os bancos no Brasil. Sempre ganharam com os juros altos.”
Outro fator característico da Bolsa de FHC era a concentração por setores. Como o mercado era menos desenvolvido, vivia de histórias grandes e conhecidas pelos investidores. Com o aprimoramento dos sistemas e o próprio crescimento do mercado de capitais, no governo Lula, novos representantes começaram a aparecer e a Bolsa se pulverizou.


A Bolsa de Lula
Os especialistas dividem a Bovespa de Lula em duas partes: primeiro e segundo mandato. “Nos primeiros quatro anos do governo, o mundo viu um ciclo muito favorável para os preços de commodities”, lembra Catarina Pedrosa, diretora da área de gestão de recursos do Banif Investment. Esse quadro deu fôlego para algumas das maiores altas de todos os oito anos, como Usiminas (+2.635%) e CSN (+2.599%).
Já o segundo mandato começa a sentir os efeitos das políticas de distribuição de renda do governo e do crescimento maior da economia. Em média, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,3% ao ano no governo de Fernando Henrique e 4% com Lula.
“A melhora do consumo e do crédito abriu espaço para que representantes de outros setores se destacassem na Bovespa”, diz Galdi, da SLW. A expansão econômica também fez com que mais empresas buscassem o mercado de capitais para se financiar, ampliando o número de ações negociadas na Bovespa.
Nesse cenário, companhias ligadas a consumo e infraestrutura começaram a aparecer. Foi o caso de Lojas Renner, que liderou os ganhos do governo Lula com 9.562% de alta, Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR, com 3.538%), Lojas Americanas (+2.416%), TAM (+2.038%), América Latina Logística (+1.747%) e Banco do Brasil (+1.530%).

BC poderá reduzir taxa básica de juro a partir do ano que vem, afirma Mantega


Em entrevista após a reunião do G20, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Banco Central terá espaço para reduzir a taxa básica de juro já ano que vem, uma vez que Dilma Rousseff reduzirá o ritmo de expansão dos gastos públicos.
Segundo Mantega, o novo governo reduzirá o endividamento líquido dos atuais 41% do PIB (Produto Interno Bruto) para cerca de 30% até 2014, em função da maior independência do País dos financiamentos públicos, hiato que será coberto pelo crescimento  econômico, aponta o ministro.


Sustentação
"Os subsídios vão ser reduzidos (...) vamos criar as condições para que o setor privado conceda empréstimos de longo prazo", enfatiza Mantega. Contudo, a tendência de alta da inflação recente pode significar um entrave para os planos do ministro.
Os juros futuros apontam que o mercado trabalha com a hipótese do BC até subir a Selic no início do próximo ano, a fim de conter a inflação, que superou a meta anual de 4,5% nos últimos dois meses.

Rombo no PanAmericano pode superar R$ 2,5 bi, segundo jornal


O buraco nas contas do banco PanAmericano (BPNM4) pode ser superior aos R$ 2,5 bilhões informados até agora, segundo informações apuradas pelo jornal Folha de São Paulo, não confirmadas pela instituição financeira.
O valor total do rombo no banco está dividido em R$ 2,1 bilhões com operações de crédito e R$ 400 milhões na área de cartões, entretanto, foram os próprios dirigentes da holding do apresentador Silvio Santos que passaram essa informação ao Banco Central. Assim, a realização de investigações e novas auditorias poderão revelar um montante maior a ser coberto.


Apesar de ter sido contata pela equipe da Infomoney, a assessoria de imprensa do banco não quis comentar as informações.

Intimação
Outra questão em destaque é a possibilidade de que o BC (Banco Central) intime até a próxima sexta-feira (19) os ex-diretores do banco, para que expliquem as inconsistências contábeis que geraram o referido rombo.

Surge mais uma polêmica com a reativação da Telebrás

 Na sexta-feira,a estatal ressuscitada Telebrás assinou seu primeiro contrato de compra de equipamentos. A fabricante brasileira Padtec receberá R$ 17,5 milhões para fornecer os aparelhos para 73 pontos de presença no Anel Sudeste de sua rede óptica e 46 no Anel Sudeste. Com isso, a empresa conseguirá "iluminar" suas fibras e começará a prestar serviços. Os equipamentos serão entregues em um prazo de três e seis semanas.
A volta da Telebrás foi cercada de polêmica e, no caso de suas compras, não seria diferente. Em 29 de outubro, a Padtec venceu um pregão eletrônico de aparelhos com tecnologia DWDM (sigla de Dense Wavelength Division Multiplexing) com benefício da Medida Provisória 495, que dá preferência a produtos desenvolvidos e fabricados no Brasil nas compras do governo.
Jorge Salomão, presidente da Padtec, destacou que a companhia não foi beneficiada pela regra que permitia contratar os produtos brasileiros com preços até 25% maiores. "Isso demonstra a capacidade da engenharia brasileira de gerar produtos competitivos", disse o executivo.
Sediada em Campinas, a Padtec surgiu de um grupo de pesquisadores do CPqD, centro de pesquisas que pertenceu à Telebrás. Seus principais acionistas são o próprio CPqD e a Ideiasnet, holding de tecnologia do empresário Eike Batista. "A Padtec é líder em comunicações ópticas no Brasil",afirmou Hélio Graciosa, presidente do CPqD."Este será um ano bom independentemente da compra da Telebrás."
No pregão eletrônico de outubro, a Padtec havia apresentado um preço superior aos dos concorrentes, que eram as chinesas Huawei e a ZTE e a sueca Ericsson.
Por não atenderem à MP 495, os concorrentes foram desclassificados, sem conseguir comprovar desenvolvimento e fabricação local.
A Padtec,por outro lado,reduziu seu preço, que era de R$ 68,9 milhões, para R$ 63 milhões, abaixo da menor proposta, de R$ 63,1 milhões, que havia sido da ZTE.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.             

ADRs da Vale estão prontas para subir--Barron's

NOVA YORK (Reuters) - As ações da Vale estão subestimadas e poderiam ter uma alta substancial considerando a forte demanda da China por minério de ferro, afirmou a publicação Barron's em sua edição mais recente.
Levando-se em conta os ganhos estimados para este ano, as ações da Vale estão sendo negociadas abaixo dos papéis da rival australiana BHP e poderiam ter um impulso.
A avaliação considera que 40 por cento da receita da Vale em 2009 veio de vendas para a China, afirmou a publicação financeira semanal.
As ADRs da Vale fecharam na sexta-feira a 32,37 dólares na bolsa de Nova York.
Elas poderiam subir para cerca de 40 dólares.
De acordo com o CEO da Axion Capital Management, Joel Smolen, citado pela Barron's, as ADRs poderiam subir para 44 dólares no próximo ano, se a China permitir que sua moeda se aprecie.
A China é o maior importador global de minério de ferro.

Decisão judicial no Chile pode barrar projeto de Eike Batista

SANTIAGO (Reuters) - Uma decisão da Corte Suprema do Chile na segunda-feira sobre o uso do solo para uma planta termelétrica pode adiar ou até barrar a aprovação do projeto Castilla, de 4,4 bilhões de dólares, planejado pelo bilionário Eike Batista, disseram analistas do setor.
A corte aceitou uma determinação de uma corte de apelações na cidade de Copiapo, ao norte do país, que classificava como ilegal a mudança na qualificação do solo do projeto Castilla de "contaminante" para "incômodo" por uma autoridade local de saúde.
A classificação do solo é chave para que uma comissão regional de meio ambiente decida se permitirá ou não a construção do projeto.
Um advogado que representa um grupo de moradores próximo ao local, e que se opõe ao projeto, disse que a decisão do tribunal iria barrar a construção da planta numa região considerada ambientalmente sensível.
Mas a MPX de Eike Batista disse num comunicado que a decisão não bloqueou a aprovação do projeto. A MPX indicou que espera que a autoridade local da área de saúde classifique novamente a qualidade do solo de acordo com a decisão da corte.
Em comunicado, a MPX diz que reitera sua convicção de que o projeto Castilla cumpre com as normativas ambientais e padrões internacionais.
Em agosto, o presidente Sebastian Pinera convenceu a francesa GDF Suez a mudar a localização de uma termelétrica orçada em 1,1 bilhão de dólares depois de temores da opinião pública de que o projeto pudesse colocar a vida de pinguins ameaçados de extinção em perigo. A mudança de local ameaça acabar com o projeto, que pode ter que esperar anos para obter uma outra licença ambiental, disseram especialistas.
Dois analistas de mercado em Santiago disseram que a decisão da Suprema Corte pode adiar ou mesmo colocar um fim ao projeto Castilla, que tem investimentos planejados de 4,4 bilhões de dólares durante o período de 15 anos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Petrobras recua mas analistas veem pontos positivos no balanço

 Este não é um bom dia para a Petrobras (PETR3,PETR4). Seja pela queda de mais de 3% na cotação do petróleo no mercado internacional, seja pela divulgação de resultados  inferiores ao consenso dos analistas, os papéis da empresa figuram entre os destaques de queda do Ibovespa, recuando cerca de 3,22% (ordinários e preferenciais).
Entre os destaques negativos dos números divulgados na última sessão pela estatal, o desempenho das operações internacionais é o que chama mais atenção. Na base de comparação trimestral, houve queda de 10% nas vendas internacionais e de 2,3% no volume exportado, com desvalorização de 2,4% na cotação média do petróleo nas exportações.
“As operações internacionais da Petrobras apresentaram uma retração do movimento de recuperação de resultados observado nos últimotrs trimestres, com o lucro líquido caindo para R$ 278 milhões no terceiro trimestre frente aos R$ 533 milhões do segundo trimestre e inferior ao projetado de R$ 343 milhões”, frisou o analista Andrés Kikuchi, da Link Investimentos.
Outro ponto ressaltado por boa parte dos analistas foi a elevação dos custos unitários de exploração e de refino que, segundo a Link, passaram de US$ 5,48 para US$ 6,02 por barril e de US$ 3,68 para US$ 4,44 por barril, respectivamente, entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano.

Despesas operacionais pesam
Além desses fatores, o analista Nelson Rodrigues, do BB Investimentos, destacou a realização de estoques formados em meses anteriores a preços mais altos, além do maior volume de importação de óleo e derivados e o crescimento das despesas operacionais.
Nesse sentido, Rodrigues afirma que as despesas foram “pressionadas pelo encerramento da estruturação financeira do projeto Barracuda, pelos gastos adicionais relacionados no acordo coletivo e pelo incentivo a empregados no âmbito da oferta pública."
Completando a informação, Mônica Araújo, da Ativa Corretora, informa que a empresa sofreu um impacto de aproximadamente R$ 400 milhões da estruturação financeira de Barracuda, R$ 187 milhões dos gastos com o acordo de trabalho e R$ 85 milhões com os incentivos para a oferta de ações.

Impactos positivos
Embora haja pontos negativos a serem ressaltados e observados, os analistas também encontram fatores de impulsão aos números. O primeiro deles é, sem dúvida, o resultado financeiro positivo em R$ 1,968 bilhão, impactado pela apreciação do real frente ao dólar durante o terceiro trimestre deste ano.
“No terceiro trimestre, a desvalorização do dólar foi de 6% (câmbio do final do período)”, apontou Nelson Rodrigues, do BB Investimentos, explicando que o impacto positivo se deve ao fato da Petrobras ser “devedora em moeda estrangeira no valor líquido de R$ 23,893 bilhões”.
Também relacionado ao câmbio, a Ativa Corretora ressalta o impacto positivo da equivalência patrimonial, “que no caso da controladora atingiu R$ 2,5 bilhões”.
Por fim, Rodrigues observa com otimismo o desempenho doméstico da estatal, com o aumento de 7,1% nas vendas no mercado interno de derivados de petróleo e o crescimento de 23,3% no volume vendido de gás natural. “O crescimento do lucro líquido da Petrobras no terceiro trimestre decorrei do forte aumento das vendas domésticas e, principalmente, do impacto positivo da desvalorização do dólar no resultado financeiro líquido”, resumiu.

Endividamento menor
Kikuchi, da Link Investimentos, ainda sublinha a redução da alavancagem da empresa, medida pela relação entre dívida líquida e dívida líquida mais patrimônio líquido, que passou de 34% para 16% na comparação entre o terceiro e o segundo trimestres deste ano.
“Apesar da manutenção do elevado capex (investimento em bens de capital), o endividamento líquido apresentou uma significativa redução de R$ 94,2 bilhões no segundo trimestre de 2010 para R$ 57,1 bilhões no terceiro trimestre, fruto da injeção de recursos líquidos do aumento de capital no final do trimestre”, explicou.

Menores investimentos em refino
Para o analista do BTG Pactual Gustavo Gattass, os altos investimentos nas operações de refino da Petrobras têm sido uma das maiores fontes de decepção para os investidores. Porém, ao que tudo indica, a estatal pode atenuar as preocupações com a rentabilidade caso sinalize “maior cautela sobre o refino”.
Sobre esse assunto, o analista ressaltou que foi o ponto positivo em um resultado permeado por dados marginalmente negativos. Segundo Gattass, “a chave agora é ver como a diretoria se comporta na teleconferência de resultados”, sugerindo que uma mensagem positiva poderia influenciar um rali nas ações. O evento acontecerá na próxima terça-feira, após o feriado da Proclamação da República.

Perspectivas para o futuro
Para os próximos períodos, Kikuchi ressalta que a retração da margem da unidade de Exploração e Produção no terceiro trimestre deve ser monitorada, “pois o incremento do custo de extração apresentou um crescimento significativo no período e a produção foi aquém do esperado”. O analista completa que, além disso, “o resultado financeiro positivo do trimestre não deverá contribuir na mesma proporção no resultado final do quarto trimestre”.
Falando dos últimos três meses de 2010, o analista do BB Investimentos também não se mostra muito otimista com os próximos resultados vindos do câmbio. “O faturamento da Petrobras deverá ser impactado negativamente pela valorização média do real frente ao dólar no quarto trimestre até 11 de novembro”, informou Rodrigues. Porém, o especialista acredita na melhoria da receita operacional líquida, já que os preços do petróleo no quarto trimestre, até o dia 11, encontram-se, em média, 9% acima do terceiro trimestre.
Segundo Rodrigues, as vendas no mercado doméstico devem continuar em alta devido ao crescimento do consumo de derivados de petróleo, ligado à recuperação da economia brasileira, enquanto os preços internos do diesel e da gasolina devem permanecer acima dos verificados no mercado internacional, o que melhorará a margem operacional da Petrobras.

Volatilidade nas ações
Já em relação aos papéis da estatal, as expectativas são divergentes. A Ativa Corretora, que mantém a recomendação para a Petrobras em revisão, acredita que alguns eventos poderão elevar a volatilidade das ações no curto prazo. “Entre os principais eventos estão: a revisão do programa de investimentos para os próximos cinco anos (probabilidade de aumento do volume), divulgação das reservas provadas de 2010 (janeiro de 2011, probabilidade de forte crescimento) e ainda as mudanças na direção da empresa com o início do novo governo federal”.
Por outro lado, rolando o preço-alvo dos papéis de junho para dezembro de 2011, o BB Investimentos atualizou a estimativa de R$ 40,50 para R$ 42,90 para as ações preferenciais e de R$ 45,80 para R$ 48,50 para as ações ordinárias. A recomendação é de compra.
Enfim, a Link Investimentos mantém a recomendação de market perform (desempenho em linha com a média do mercado), com preço justo de R$ 34,20 para as ações ordinárias e de R$ 30,40 para as preferenciais.

Caixa diz que parceria com PanAmericano é estratégica, e não comenta novo sócio

A Caixa Econômica Federal afirmou que está avaliando as medidas pertinentes em relação as empresas de auditoria que falharam em identificar a fraude no Banco PanAmericano (BPNM4).
Em resposta a questionamento da InfoMoney, a assessoria de imprensa da Caixa disse que a companhia está avaliando o que fará sobre o assunto, a partir de informações passadas pelo Banco Central em 4 de novembro - quinta-feira da última semana.

Novo sócio? 
A Caixa preferiu não comentar se está procurando um comprador para a fatia de 51% do PanAmericano que não lhe pertence, ou se há um comprador em potencial, conforme especulado na véspera.
Cabe lembrar que, na última quinta-feira (11), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, havia acenado a possibilidade  de a Caixa Econômica Federal gerir o PanAmericano com outro sócio. "A Caixa vai começar a executar seu plano de negócio juntamente com o sócio e, possivelmente com um novo sócio que entrar no lugar do sócio controlador, na medida em que ele teria que vender sua participação para pagar o FGC".
Além disso, de acordo com declarações de uma fonte que não quis se identificar à Reuters, a Caixa teria descartado colocar mais dinheiro no banco ou assumir o controle da instituição.

Parceria estratégica
A assessoria também reafirmou a importância estratégica da parceria com o PanAmericano, indicando que não pretende vender sua participação no banco.
“Com as providências tomadas pelo Grupo Controlador (...)[a parceria] proporcionará a ampliação da sua base de clientes, em razão da capacidade de relacionamento do Banco PanAmericano com seus mais de 20 mil canais de venda e suas 200 lojas próprias, permitindo, assim, o aumento da capacidade operacional de geração de crédito e a implementação de um modelo de negócio aderente aos objetivos e às políticas de mercado da Caixa”, escreveu a companhia.

PanAmericano cancela divulgação de resultado

Depois do polêmico caso de fraude que veio à público esta semana, o Banco PanAmericano (BPNM4) cancelou a apresentação de seus resultados referentes ao terceiro trimestre, inicialmente marcada para esta sexta-feira (12).
A teleconferência sobre os resultados agendada para o próximo 16, também foi cancelada. De acordo com o banco, a divulgação do balanço e a teleconferência acontecerão "oportunamente".

Austin tira ratings do banco PanAmericano

Em mais um episódio na novela do banco PanAmericano (BPNM4), a Austin Rating revelou nesta sexta-feira (12) que está retirando os ratings do banco e de sua emissão dedebêntures, além de rebaixar a classificação de risco das cotas seniores de fundos de investimentos em diretórios creditórios acompanhadas por ela. 

"O rating foi retirado, tendo em vista a impossibilidade desta agência de classificação de risco de dar continuidade ao monitoramento dos ratings do banco", explica a Austin, em comunicado. A agência de classificação de risco também esclarece que continuar a monitorar o banco iria contra sua metodologia de análise, bem como os "princípios emanados pela Iosco (International Organisation of Securities Commissions)". 

"A Austin Rating aguarda maiores informações financeiras e esclarecimentos da nova diretoria, quanto à origem deste desequilíbrio e o plano de ação a ser adotado nas próximas semanas, para restabelecer o monitoramento dos ratings e se pronunciar sobre o efetivo grau de risco de crédito da instituição", informa a agência de classificação de risco.

Sílvio Santos diz que pode vender o SBT a Eike Batista, informa jornal

O SBT pode ser vendido por R$ 2,5 bilhões, segundo o próprio Sílvio Santos em entrevista concedida à colunista do jornal Folha de São Paulo Mônica Bergamo, na última quinta-feira (11).
Quando perguntado sobre a veracidade da informação de que Eike Batista estaria interessado em comprar o seu veículo de comunicação, o apresentador do SBT respondeu que aceitaria onegócio. “Se ele pagar R$ 2,5 bilhões que estou devendo, vendo, é claro que vendo. Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem passar pelo FGC”, disse Sílvio Santos.
As respostas do apresentador foram marcadas por um tom de descontração, de modo que, quando o nome de Eike Batista foi mencionado, o apresentador perguntou quem era este, e se o nome era norte-americano.
A InfoMoney tentou contato com a assessoria de imprensa do SBT, mas o responsável pelo assunto não estava presente para comentar a declaração.

Eike Batista
Na última quinta-feira surgiram rumores de que o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, estaria interessado na compra do canal de televisão. No entanto, a informação foi desmentida pelo empresário ainda no mesmo dia.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lucro da Petrobras sobe para R8,566 bilhões no 3o tri

A Petrobras registrou no terceiro trimestre lucro líquido de 8,566 bilhões de reais, crescimento de 7,9 por cento em relação ao resultado obtido no mesmo período do ano passado, mas o ganho ficou abaixo do esperado pelo mercado.
Na comparação com o segundo trimestre de 2010, o lucro cresceu 3 por cento, informou a companhia na quinta-feira.
A média das estimativas de seis analistas obtidas pela Reuters indicava lucro de 9,3 bilhões de reais para a estatal no período.
"O lucro foi motivado por maiores vendas (no mercado interno) e pelo evento cambial", afirmou a jornalistas o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa.
Na comparação com o segundo trimestre, o lucro de julho a setembro teve importante influência do ganho cambial sobre a dívida líquida.
"A apreciação de seis por cento do real no terceiro trimestre versus segundo trimestre possibilitou ganho cambial de 1,4 bilhão de reais", destacou Barbassa, admitindo que se não tivesse esse ganho o lucro seria menor.
Os ganhos cambiais foram compensados pelo menor preço de vendas no mercado externo no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, decorrente da oscilação nas cotações das commodities.
Barbassa ressaltou, entretanto, que com uma demanda interna bastante aquecida, a estatal reduziu as exportações.
DESPESAS
Conforme a empresa, gastos adicionais relacionados ao acordo coletivo de trabalho 2010/2011 e ao incentivo a empregados para compras de ação na oferta pública primária da companhia, entre outros fatores, contribuíram para o aumento das despesas operacionais no trimestre.
O custo com o subsídio para os funcionários que compraram ações foi de 90 milhões de reais. Outros 357 milhões de reais foram gastos nas despesas com a recente capitalização, segundo o diretor.
A geração de caixa trimestral medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 14,736 bilhões de reais no período, contra 14,081 bilhões de reais no terceiro trimestre do ano passado.
Mas o Ebitda caiu 7 por cento ante o segundo trimestre de 2010, quando somou 15,927 bilhões de reais, em função do aumento com despesas operacionais.
Entre janeiro e setembro, o lucro acumulado chegou a 24,588 bilhões de reais, ante 22,390 bilhões de reais nos nove primeiros meses de 2009.

ALAVANCAGEM
Segundo comunicado, a Petrobras manteve, com a capitalização, índices de alavancagem em "patamares sustentáveis".
A empresa concluiu durante o trimestre oferta pública de ações que resultou no aumento de capital em 120,249 bilhões de reais.
Com a capitalização, a empresa reduziu sua alavancagem de 34 por cento no final do segundo trimestre para 16 por cento.
O diretor afirmou ainda que a estatal poderá captar mais 3 bilhões de dólares até o final do ano, mas essa captação não envolverá o mercado de capitais, frisou.
Segundo o diretor, esses recursos serão obtidos em várias operações, junto a bancos de fomento, por exemplo, e ainda não está definida qual será a origem.
Neste ano, a Petrobras já captou 13 bilhões de dólares, contra 35 bilhões de dólares em 2009.
Com uma menor alavancagem, a empresa já começou a avaliar o plano de investimento 2011-2015, "que com certeza" incluirá a exploração das áreas concedidas pelo governo em operação que ficou conhecida como cessão onerosa.
Barbassa afirmou que até o final de 2014 a Petrobras deve gastar entre 7 e 8 bilhões de dólares para explorar as áreas cedidas pelo governo.
A primeira etapa da exploração vai envolver uma avaliação complementar das áreas cedidas, com uma perfuração em cada poço, com exceção de Franco, que terá duas, devido ao porte do ativo.
"No ano que vem, teremos atividades nessas áreas, com a chegada de novas sondas."

PRODUÇÃO NO TRIMESTRE
A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil atingiu 1,991 milhão de barris diários, queda de 1 por cento em relação à produção do segundo trimestre, devido a paradas programadas e não-programadas.
Para Barbassa, no quarto trimestre a expectativa é positiva em relação ao aumento de produção com a entrada em operação da P-57, em 30 de novembro, no campo de Jubarte, e pelo início também do Teste de Longa Duração de Guará, que começa ainda neste mês.
"Essas serão as contribuições adicionais à capacidade instalada no quarto trimestre", disse o diretor.

Brent mais caro eleva custo dos produtos vendidos pela Petrobras

 O valor 35% maior do preço do barril do tipo Brent importado pela Petrobras levou a um aumento de 27% no custo dos produtos vendidos (CPV) pela estatal nos nove primeiros meses do ano.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Almir Barbassa, ressaltou que o CPV passou de R$ 79,170 bilhões, entre janeiro e setembro do ano passado, para R$ 100,44 bilhões, com contribuição também do maior volume pago pela empresa em participações especiais.

"Mesmo assim, o lucro bruto foi maior nos nove primeiros meses do ano", disse Barbassa, lembrando que a receita operacional líquida saltou 17%, passando de R$ 135,138 bilhões nos nove primeiros meses de 2009 para R$ 158,782 bilhões em igual período deste ano. O crescimento da receita foi creditado pela empresa ao maior volume de vendas de derivados e ao aumento de preços das exportações e vendas internacionais.
As despesas operacionais cresceram 12% e, segundo Barbassa, consumiram o lucro bruto, atingindo R$ 23,749 bilhões, contra R$ 21,124 bilhões dos nove primeiros meses do ano passado. Com isso, o lucro operacional da empresa caiu 1%, passando de R$ 34,844 bilhões nos nove primeiros meses do ano passado, para R$ 34,593 bilhões entre janeiro e setembro deste ano.

"As despesas operacionais registraram alta no refino", disse Barbassa.

Lucro da Cyrela cai 33% no trimestre, ante 2009

O lucro líquido da incorporadora Cyrela somou R$ 176 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 33,3% comparativamente ao mesmo intervalo de 2009. A base de comparação interferiu no resultado, uma vez que no ano passado a empresa reconheceu uma receita extraordinária gerada pela venda de participação na Agra.

Mesmo se fosse desconsiderado esse fator, porém, o lucro da Cyrela teria sido menor neste ano, em 4%. A receita líquida caiu 13,8%, para R$ 1,162 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 219,9 milhões, com queda de 25%.

Em seu relatório de resultados, a companhia explica que o Valor Geral de Vendas (VGV, indicador do segmento) do terceiro trimestre de 2010 foi 30,4% inferior ao do mesmo período do ano passado, somando R$ 1,359 bilhão (composto por 5.588 unidades em 22 empreendimentos). Segundo a Cyrela, isso se deveu a atrasos em aprovações e registros de grandes projetos, que eram esperados para o terceiro trimestre e acabaram lançados apenas no quarto.

Do total do VGV lançado no trimestre, o segmento de alto padrão respondeu por 29,8% e a Living, responsável pelos segmentos econômico e supereconômico, ficou com 32,1%.

Fitch reduziu o rating do Banco Panamericano de "AA+" para "A-".

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou hoje o rating nacional de longo prazo do Banco Panamericano em cinco degraus, de "AA+(bra)" para "A-(bra)". A nota de curto prazo também foi reduzida, de "F2(bra)" para "F1-(bra)", e o rating de suporte caiu de "3" para "2". A Fitch rebaixou ainda a Panamericano Arrendamento Mercantil, de "BBB+(bra)" para "AA(bra)". A perspectiva dos ratings é negativa.

A mudança é reflexo do comunicado divulgado na terça-feira pelo Panamericano, de que seu acionista controlador, o Grupo Silvio Santos, realizou uma injeção de capital de R$ 2,5 bilhões no banco para absorver os efeitos de irregularidades contábeis.

"As ações são guiadas pelo fato de o suporte contingente observado ter sido inteiramente proveniente do acionista controlador, levantando dúvidas sobre a propensão do acionista minoritário do banco, a Caixa Econômica Federal, a oferecer suporte através de injeção de capital, uma das premissas do rating de suporte atribuído ao Panamericano em 29 de julho", explicou a Fitch.

A agência de rating acredita que o suporte da Caixa para prover liquidez ao Panamericano deve continuar disponível e que o banco tem ativos que, somados à liquidez gerada pela injeção de capital, devem sustentar sua capacidade de suportar uma pressão significativa sob sua base de captação institucional.

Apesar da injeção de capital exceder em cerca de 10% o volume de irregularidades contábeis encontradas, dando espaço para cobrir ajustes adicionais, a Fitch disse que a observação negativa dos ratngs reflete a preocupação de que, "neste estágio, a reação do mercado e a possibilidade de divulgação de novas necessidades de ajustes podem se mostrar mais severos do que o esperado, ou ainda, influenciar a propensão de a Caixa a continuar a oferecer suporte de liquidez".

Meirelles sinaliza venda de controle do Panamericano

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou nesta quinta-feira que o controle do Banco Panamericano, detido pelo grupo Silvio Santos, deve ser vendido. Meirelles também frisou que a autoridade monetária não pode garantir que nenhum outro banco do sistema financeiro apresente problemas.
"O grupo Silvio Santos entregou como garantia do empréstimo todo seu patrimônio empresarial. Então é plausível se imaginar que para viabilizar os recursos para o pagamento do empréstimo, que uma das medidas possa ser a venda de participação acionária no banco", disse Meirelles a jornalista, após participar de audiência pública em Comissão de Orçamento.
O Panamericano anunciou na terça-feira à noite que o grupo Silvio Santos, acionista controlador, aportou 2,5 bilhões de reais na empresa, para corrigir inconsistências contábeis.
Os recursos foram obtidos por meio de empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que teve como garantia as empresas do grupo Silvio Santos. O pagamento será feito no prazo de 10 anos.
"A Caixa (Econômica Federal) vai começar a executar seu plano de negócio juntamente com o sócio e, possivelmente com um novo sócio que entrar no lugar do sócio controlador, na medida em que ele teria que vender sua participação para pagar o FGC", disse Meirelles, durante a audiência.
A Caixa, que comprou 49 por cento do capital votante do banco em dezembro do ano passado, descarta colocar mais dinheiro no Panamericano e também assumir o controle do banco, disse à Reuters na quarta-feira uma fonte com conhecimento do assunto, sob condição de anonimato.
Meirelles disse que, do total de 2,5 bilhões de reais aportados pelo controlador, 2,1 bilhões de reais disseram respeito a problemas encontrados nas carteiras do banco e 400 milhões de reais, a questões relacionadas a cartão de crédito.
Destacando que cartões de créditos não são regulados pelo BC, Meirelles não deu detalhes sobre o assunto.
RISCO MORAL
Questionado por parlamentares se o Banco Central poderia garantir que nenhuma outra instituição financeira do país teria o mesmo tipo de situação, Meirelles disse que não é função do BC dar esse tipo de garantia. Em vez disso, afirmou, a responsabilidade do órgão é de fiscalizar.
"Nenhum banco central do mundo pode assumir responsabilidades futuras, garantir que todas as instituições do sistema não têm problema nenhum", afirmou. Porque o governo federal estaria assumindo um passivo incontingente de proporções incomensuráveis".
"Seria a criação de um incomensurável risco moral."
(Reportagem de Isabel Versiani)

Equipe de Eike usa twitter para negar interesse em empresas do Grupo Silvio Santos

A equipe do empresário Eike Batista usou o twitter no fim da tarde desta quinta-feira para negar que interesse comprar as empresas de Silvio Santos. Mais cedo, em entrevista na Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) o próprio Eike anunciou que sua holding, a EBX, terá US$ 30 bilhões em caixa até US$ 2015 e não descartou um eventual interesse nos ativos do Grupo Silvio Santos, inclusive no banco PanAmericano, que acaba de receber um socorro de R$ 2,5 bilhões e no SBT.
- A gente olha tudo. O que dá para arbitrar e fazer melhor, a gente está de olho. Mas eu jamais entraria para competir com a Ambev ou com o Submarino. Mas como o Brasil tem um outro lado, que é o da ineficiência, o que abre um espaço gigante para investir - afirmou Eike Batista ao ser questionado sobre um possível interesse nas empresas do Grupo Silvio Santos.
"Esclarecemos que não temos interesse no Grupo SBT. Hoje foi dito que avaliamos sempre oportunidades de negócios, apenas isso", afirmou mais tarde a a assessoria do empresário por meio de twitter.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

BC encontra duplicidade de carteira em balanços do PanAmericano

O Banco Central informou ter encontrado duplicidades de carteiras de crédito nos balanços do PanAmericano e de outros bancos. A instituição controlada pelo grupo Silvio Santos teria vendido carteiras a outros bancos, mas não teria promovido a baixa contábil em seus demonstrativos financeiros há cerca de três, quatro anos.
A constatação foi feita a partir da análise dos balanços do segundo trimestre de diversas instituições financeiras, realizada há cerca de seis semanas.
O diretor de Fiscalização, Alvir Hoffmann, afirmou ainda que "há indícios" de que as mesmas carteiras "foram vendidas mais de uma vez."
Isso indica que o "rombo" do banco controlado pelo grupo Silvio Santos, pode ser maior. Hoffmann disse que manterá um funcionário do BC "dentro" do Panamericano, e que uma visão global da fraude pode demorar.
O empréstimo com garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de R$ 2,5 bilhões foi para ajustar o patrimônio líquido do banco, de R$ 1,6 bilhão, e mais R$ 900 milhões para continuar a operar com a mesma alavancagem que tinha antes.
Por enquanto, o BC está instaurando apenas processo administrativo. Quando tiver indícios concretos e responsabilização da fraude, encaminha para o Ministério Público Federal para possível abertura de processo criminal.

Melhor Solução
O socorro de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), fundo mantido com recursos dos depósitos dos bancos, foi a melhor solução encontrada para salvar o Banco Panamericano, avaliou o diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Alvir Hoffmann.
"Outra solução, que para nós seria um desastre, seria liquidar o banco", disse o diretor, após assegurar que, agora, "o Panamericano segue vida normal."
"O que houve foi uma operação de assistência financeira. O FGC tem a função de garantir a estabilidade do sistema financeiro, como é em todo lugar do mundo, e seu mandato exige que a assistência seja no volume que for necessário, dependendo do tamanho da instituição", sustentou.
O empresário Silvio Santos terá 10 anos para devolver o resgate dado pelo FGC. A holding Silvio Santos Participações ainda terá uma carência de três anos para iniciar o pagamento do empréstimo, obtido por meio da emissão de debêntures.
Os ativos de garantia perfazem um patrimônio estimado em R$ 2,7 bilhões pelo FGC e podem ser, se necessário, colocados à venda para cobrir o empréstimo. Os dividendos obtidos pela holding de Silvio Santos também serão usados no pagamento do resgate.

Ações caem quase 30%
Um dia depois do anúncio do resgate de R$ 2,5 bilhões pelo Banco PanAmericano, em meio a denúncias de fraudes na instituição - que tem o Grupo Silvio Santos como principal acionista -, as ações preferenciais do banco, que estão fora do Ibovespa, despencaram.
As ações preferenciais do banco de investimento caíram 29,54%, a R$ 4,77, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta quarta. Na terça, o ativo fechou com queda 6,74%, o oitavo pior desempenho entre papéis fora do índice de referência da Bolsa brasileira.
Os ativos de pequenas instituições financeiras também registraram baixas. As ações do Banco Pine desceram 2,59% (a R$ 13,50), BicBanco caiu 5,36% (a R$ 15,00); ABC Brasil PN recuou 0,79% (a R$ 16,30) e Sofisa PN se depreciou em 4,80%, a R$ 4,95.
Leia mais: A Bovespa e o dólar neste dia 10 de novembro
As grandes instituições financeiras, no entanto, registraram altas. As ações preferenciais do ItaúUnibanco subiram 1,15% (a R$ 42,85), e as do Bradesco avançaram 1,38%, a R$ 36,50. As ações do banco Santander registraram alta de 1,06% (a R$ 24,76) e do Banco do Brasil.
Para a analista do setor bancário da Ativa Corretora, Luciana Leocádio, apenas bancos menores, com perfis mais próximos ao do PanAmericano, devem sofrer influência dos rumores da falência da instituição de Silvio Santos:
- É natural que os outros bancos médios fiquem de olho até terem a clareza do que de fato aconteceu com o PanAmericano. Os bancos com uma característica similar tentem a ser penalizados. Mas as grandes instituições não devem ser contaminadas com a notícia - afirmou Luciana.
Acionistas não sofrerão diluição, diz PanAmericano
Em um comunicado, feito a pedido da BM&F Bovespa, o PanAmericano informou que os recursos do aporte não serão usados para um futuro aumento de capital e, portanto, os atuais acionistas não sofrerão diluição em suas participações. O aporte está sendo feito na "conta do acionista controlador" e não irá gerar qualquer encargo para o banco.
Além disso, não haverá resgate futuro dos recursos, que estão sendo usados para recompor inconsistências contábeis. O Panamericano afirmou ainda que "está em tratativas com o Banco Central do Brasil em relação ao tratamento contábil que será dado a tal aporte".
A instituição financeira acrescentou que "as operações de crédito e investimentos continuam normalmente, mantendo-se as atuais políticas de crédito. As atividades das lojas e o atendimento ao público também permanecem inalterados".

BANCO PANAMERICANO X CAIXA ECONOMICA - NOTICIA RELEVANTE

O principal acionista do banco Panamericano (Caixa Econômica Federal) resolveu todos os problemas que apareceram, diz uma fonte ligada à instituição 

O megadepósito de R$ 2,5 bilhões e a troca de toda a diretoria do Banco Panamericano anunciados na noite desta terça-feira, 9, foram a solução encontrada pelo Grupo Silvio Santos, Caixa Econômica Federal e Banco Central para que fossem resolvidos os problemas da financeira sem que o novo sócio, a estatal Caixa, tivesse de fazer aportes.

"O principal acionista resolveu todo o problema que apareceu", diz fonte ligada à instituição. Há pouco mais de um mês, houve um encontro surpresa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Silvio Santos no Palácio do Planalto e nesta terça circularam especulações de que o assunto poderia ter sido tratado entre eles.
Quando as inconsistências foram encontradas no balanço do Panamericano, foi decidido que o novo acionista, a Caixa, não teria responsabilidade inicial de realizar novos aportes porque os problemas foram criados em um período anterior à compra de 49% do capital da financeira pelo banco estatal. Dessa forma, o acionista majoritário teve de assumir toda a responsabilidade para cobrir o rombo aberto nos números.
Diante da responsabilidade integral do controlador, foi costurada uma solução ao longo das últimas semanas para que houvesse o megaempréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), sem que o Grupo Silvio Santos tivesse de tomar recursos no mercado, o que poderia chamar a atenção para o problema.
O FGC é uma entidade privada constituída por todos os bancos que operam no Brasil que garante depósitos de clientes nas instituições financeiras em caso de problema nos bancos. Por ter essa característica de "condomínio de depósitos", os principais cotistas do FGC tiveram de aprovar o empréstimo anunciado nesta terça à noite. Para os principais cotistas do Fundo, é melhor emprestar o grande volume de dinheiro agora a ver o problema se espalhar, o que poderia colocar todo o setor em risco.


Sem estatal. A hipótese de a Caixa aumentar a participação no Panamericano foi rapidamente descartada, já que o banco federal já tem 49% das ações do banco. Sendo assim, a maior fatia da Caixa poderia transformar a financeira do Grupo Silvio Santos em uma entidade estatal.


Agora, feito o mega-aporte, há expectativa de que não seja alterada a composição acionária da instituição - sendo mantida, portanto, a fatia de 51% do capital de posse do Grupo Silvio Santos e 49% da Caixa Econômica Federal.

Doação ao Teleton. O problema constatado no Panamericano teria sido anunciado diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo empresário Silvio Santos. Em 22 de setembro, o apresentador de TV teve reunião surpresa com Lula em um encontro não previsto na agenda do Palácio do Planalto.
Oficialmente, o objetivo da reunião foi pedir uma doação de Lula ao Teleton, programa de televisão que arrecada dinheiro de empresas e pessoas físicas para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).
Ao deixar o encontro, Silvio Santos disse que pedira doação de R$ 12 mil e que o presidente da República gravasse vídeo para ser exibido no programa. A edição de 2010 do Teleton foi realizada no último fim de semana.
Vale lembrar que a CaixaPar, braço de investimentos do banco estatal, fez uma longa e detalhada avaliação dos números do Panamericano antes de bater o martelo para a compra de 49% do capital do banco em dezembro de 2009. Na época, não havia sido encontrada nenhuma inconsistência nos balanços e relatórios.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lucro da CSN cai 37% no 3o tri, para R 720 milhões

 A CSN registrou lucro líquido de R$ 720 milhões de julho a setembro, queda de 37% em relação a R$ 1,15 bilhão um ano antes. A estimativa média de analistas consultados pela Reuters era de R$ 1,106 bilhão.
O grupo teve Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de R$ 1,83 bilhão no terceiro trimestre, contra R$ 992 milhões em igual intervalo do ano passado. A margem Ebitda ficou em 46%, ante 33% há um ano.
A receita líquida da CSN foi de R$ 3,95 bilhões no trimestre encerrado em setembro, crescimento 32% contra um ano antes.
A companhia, mais conhecida por seus produtos de aço e com negócios também em minério de ferro, cimento e logística, foi a segunda grande siderúrgica brasileira a reportar o desempenho do terceiro trimestre.
Na manhã de quinta-feira, a Usiminas divulgou lucro líquido de R$ 495 milhões para o período, alta de 14% em relação ao ano anterior, surpreendendo positivamente o mercado.
A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava para ganho de R$ 388,6 milhões da Usiminas.

ANP divulga nesta sexta-feira estimativa para reservas do poço de Libra

 O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, afirmou nesta quinta-feira que a agência divulgará na sexta-feira a estimativa para as reservas do poço de Libra, que está sendo perfurado em parceria com a Petrobras na camada pré-sal da Bacia de Santos. O diretor, porém, não divulgou detalhes.
- Vamos divulgar amanhã (sexta-feira) - limitou-se a dizer Lima, quando perguntado por jornalistas sobre qual seria o volume das reservas.
Segundo estimativas da Gaffney, Cline & Associates, as reservas de Libra podem atingir até 16 bilhões de barris de óleo equivalente, ou o dobro de Tupi, no cenário mais otimista. No cenário moderado da consultoria, as reservas teriam 7,9 bilhões de barris.

Ações da Usiminas avançam, entre elevação de recomendação e resultados


Com suas ações preferenciais e ordinárias em alta de 2,49% e 1,70%, nessa ordem, a Usiminas (USIM3, USIM5) é o destaque de alta do pregão desta quinta-feira (28).
A empresa divulgou o seu resultado do terceiro trimestre de 2010, que apontou  lucro líquido de R$ 495 milhões, ante um lucro de R$ 433 milhões auferidos no mesmo período de 2009, alta de 14%. Além disso, a receita líquida e o Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia também apresentaram melhora em seu desempenho na comparação anual. O primeiro totalizou R$ 3,241 bilhões, alta de 13% na comparação anual. Já o segundo apresentou avanço de 76%, passando de R$ 417 milhões para R$ 735 milhões.


Elevação da recomendação
Os resultados não são a única novidade em relação a empresa nesta sessão. A Itaú Corretora elevou sua recomendação aos papéis preferenciais para outperform – performance acima da média do mercado. Segundo os analistas Marcos Assumpção e Alexandre Miguel, que assinam o relatório, o valor justo da ação para o fim de 2011 é de R$ 30,00, upside (potencial teórico de valorização) de 49,55% em relação ao último fechamento.
O principal motivo para a mudança de recomendação é a crescente possibilidade de elevação da tarifa de importação de aço, de 12% para 18%, além da implementação de novas medidas exigidas pelo setor. Isso, segundo os analistas, melhora as perspectivas da empresa, já que os maiores volumes resultantes diluiriam os custos fixos. Além disso, o mix de produtos poderia melhorar em meio a uma menor competição dos produtos importados, o que também poderia diminuir os descontos de preço concedidos pelo setor.
Os analistas também baseiam a elevação na posição atual "underweight" dos investidores no setor de aço brasileiro, que parecem estar esperando um momento mais oportuno para voltar a ter exposição, e o valuation relativamente atrativo da empresa. Os riscos, por sua vez, ficam com uma ausência de aumento da tarifa e uma deterioração dos preços de aço globais.

Receita combate irregularidades na importação de aço

A Receita Federal confirmou dia 22/10 por meio de nota que "desencadeou medida de combate a irregularidades nas operações de comércio exterior nas importações de produtos de aço".
A Receita havia negado que houvesse qualquer medida em vigor para restringir as importações de aço.

Na prática, desde o início deste mês, a Receita ampliou os esforços de fiscalização na entrada dessas mercadorias no País, para evitar o subfaturamento das notas de importação. De acordo com o fisco, foram constatadas compras de produtos de aço no exterior a preços inferiores àqueles declarados nas importações de suas respectivas matérias-primas, o que caracterizaria indício de fraude de valor aduaneiro.

A medida adotada pela Aduana Brasileira arbitra um preço de referência para as mercadorias, com base no preço dos produtos de fabricação nacional que são exportados e no preço dos mesmos no mercado internacional. Desta forma, as alíquotas dos tributos cobrados na entrada no País incidem sobre esse preço de referência e não sobre o declarado nas faturas, caso seja inferior. A Receita ressaltou, no entanto, que a medida não estabelece uma lista de preços mínimos para o setor, mas sim um patamar médio de referência.

Suzano Papel e Celulose tem lucro de R273 mi no 3o tri

SÃO PAULO (Reuters) - A Suzano Papel e Celulose registrou lucro líquido de 273 milhões de reais no terceiro trimestre de 2010, ante 204 milhões de reais no mesmo período de 2009.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 408 milhões de reais, contra 218 milhões dos mesmos meses do ano passado.

De acordo com a média de cinco analistas consultados pela Reuters, a estimativa era de um lucro líquido de 240 milhões de reais e um Ebitda de 382,4 milhões de reais.
(Por Alberto Alerigi Jr.; Edição de Aluísio Alves)

Cielo tem lucro de R488,5 mi no 3o tri

SÃO PAULO (Reuters) - A Cielo reportou lucro líquido 488,5 milhões de reais no terceiro trimestre, representando um crescimento de 23,1 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, segundo resultado preliminar divulgado pela companhia nesta quinta-feira.
O Ebitda ajustado, considerando a receita líquida de antecipação de recebíveis, foi de 761 milhões de reais no período, 21,3 por cento acima do verificado no terceiro trimestre de 2009.
(Por Aluísio Alves)

Lucro da Usiminas sobe 14% no 3o trimestre

A Usiminas anunciou nesta quinta-feira alta de 14 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre, para 495 milhões de reais, apesar de registrar uma queda de 9 por cento nas vendas em volume em um período marcado por fortes importações de aço no país.

Analistas consultados pela Reuters, esperavam, em média, lucro líquido de 388,6 milhões de reais, depois que a empresa teve ganho de 347 milhões de reais no segundo trimestre.

A Usiminas, uma das principais fornecedoras para as indústrias de veículos e máquinas e equipamentos do país, teve vendas de 1,55 milhão de toneladas de aço de julho a setembro, ante 1,694 milhão um ano antes. Enquanto isso, a produção de aço bruto somou 1,953 milhão de toneladas, alta de 7 por cento.
O lucro antes de incidência de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) somou 735 milhões reais no trimestre, contra 417 milhões de reais de julho a setembro de 2009, ficando em linha com o esperado pela média de cinco previsões de analistas. A margem Ebitda subiu sobre o terceiro trimestre de 2009, de 14,6 para 22,7 por cento.
A receita líquida do grupo encerrou o trimestre em 3,241 bilhões de reais, crescimento de 13 por cento na comparação anual e queda de 10 por cento sobre o segundo trimestre e abaixo dos 3,425 bilhões de reais esperados pelo mercado.
A receita caiu pelo menor volume vendido. A empresa afirma que aumentou seus preços médios em cerca de 3 por cento sobre o período de abril a junho.
Chamando o momento por que passa o setor siderúrgico de "totalmente atípico", a Usiminas afirma no balanço que o crescimento acelerado do país "associado a uma taxa de câmbio supervalorizada, cria um cenário altamente favorável às importações, que afeta o crescimento da indústria como um todo e do setor siderúrgico".
A empresa terminou o trimestre com um resultado financeiro positivo de 112,1 milhões de reais ante 200,44 milhões de reais entre julho e setembro de 2009.
(Por Alberto Alerigi Jr.; Edição de Aluísio Alves) Reuters

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Foguetada pra Sexta Feira

Ductor adverte, sexta-feira vai iniciar a nova onda de Oba Oba na bolsa, quem está líquido faça boas compras.
Construtoras em destaque, ok.


 Enjoy e bons lucros pra amanhã!
 Ductor

Produção brasileira de aço cai 7% entre agosto e setembro

A produção brasileira de aço bruto em setembro foi de 2,7 milhões de toneladas, representando queda de 7% em relação a agosto e redução de 1,2% quando comparada com o mesmo mês em 2009. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Aço Brasil (IABR).

Em relação aos laminados, a produção no mês passado foi de 2,1 milhões de toneladas, o que representa queda de 1,1% na comparação com o mês anterior e elevação de 6,2% quando comparada com setembro do ano passado.

Com esses resultados, a produção acumulada em 2010 totalizou 24,8 milhões de toneladas de aço bruto e 19,7 milhões de toneladas de laminados, o que significou aumento de 34,4% e 40,3%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2009.

Quanto às vendas internas, o resultado de setembro foi de 1,8 milhões de toneladas de produtos, recuo de 2,0% frente ao mês anterior. Quando comparado com igual período de 2009, registra-se alta de 7,9%. As vendas acumuladas em 2010, de 16,3 milhões de toneladas, mostram crescimento de 42,0% com relação ao mesmo período do ano anterior.

As exportações de produtos siderúrgicos em setembro de 2010 atingiram 564 mil toneladas no valor de 418 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2010 totalizaram 6 milhões de toneladas e 3,8 bilhões de dólares, representando retração de 5% em volume e de 10,6% em valor quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

No que se refere às importações, registrou-se em setembro volume de 552 mil toneladas (US$ 532 milhões) totalizando, desse modo, 4,4 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, 160,2% acima do mesmo período do ano anterior.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em setembro foi de 2,2 milhões de toneladas, totalizando 20,3 milhões de toneladas em 2010. Esses valores representaram elevação de 19,5% e 55,4%, respectivamente, em relação a igual período do ano anterior. 



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Comentário do Ductor, está evidente de que ações das principais empresas do setor tais como USIM e GGBR, GOAU, CSNA  aparentemente precificaram este desaquecimento.
Uma entrada próximo as datas de resultados trimestrais destas empresas pode garantir um bom lucro já que tudo aparentemente foi precificado para o pior.
Reitero que as empresas citadas estão muito abaixo do preço justo de mercado e quando isto se adequar a realidade elas já terão subido uma barbaridade.

 Enjoy,
Ductor.