segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Usiminas sem fornecimento de carvão

Desde a quinta-feira, 18, a Usiminas e demais siderúrgicas mineiras que utilizam o carvão mineral em sua produção de aço, estão impossibilitadas de receber o insumo, importado da China por via marítima.  O problema foi causado pelas fortes chuvas e pelos ventos de até 118 km/h que atingiram o Porto de Praia Mole, na cidade de Serra, no Espírito Santo, e jogaram ao mar dois descarregadores de navios (guindastes).
O porto, que tem capacidade para 14 milhões de toneladas anuais, é operado pela Vale. Por meio dele, somente no ano passado, entraram no país 8,9 milhões de toneladas de carvão mineral.
Para se ter uma ideia da importância desse produto para a siderurgia, a cada tonelada de aço produzido em Ipatinga são empregados de 600 a 700 quilos do insumo, também conhecido por coque.  Formado essencialmente por carbono, esse elemento químico é usado para sinterizar (anular) o oxigênio existente no minério de ferro, reduzindo assim o fator oxidação (ferrugem) do aço.
Mas o carvão vegetal, feito a partir da queima de madeira de reflorestamento, também se presta a essa função de “sinterização” e cada vez é mais utilizado na ArcelorMittal Brasil. Em parte, por essa razão a empresa, que usa muito pouco do produto importado na antiga fábrica da Acesita, em Timóteo, disse que suas operações não foram afetadas. Já a Usiminas se limitou a informar que busca alternativas para contornar o problema.
“Em virtude do incidente no terminal de carvão da Vale, em Vitória-ES, a Usiminas deverá utilizar os estoques existentes em suas duas usinas  para manter o ritmo de produção. Paralelamente, a empresa estuda outras alternativas logísticas para o abastecimento de carvão”, resume a nota da companhia.

Reparos no porto devem  começar neste domingo
Através de nota, a Vale informou que especialistas iniciaram nesta quinta-feira (25) os estudos de engenharia avançada que irão direcionar a operação de retirada dos descarregadores de navio (DNs).
A previsão é que os trabalhos sejam iniciados neste domingo, mas não há prazo definido para conclusão. A nota frisa que, para a retirada, serão utilizados equipamentos específicos para esse tipo de operação, “alguns dos mais avançados do mundo”.
A Vale esclareceu ainda que todas as medidas preventivas estão sendo executadas, a fim de que o impacto ao meio ambiente seja mínimo. A empresa informa, também, que está empenhando esforços para efetuar a ação “da forma mais segura possível e garantir o fornecimento aos seus clientes”.

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