segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Importações de aço crescem 154% em 2010 e batem recorde

Diante da queda do dólar e do excesso de capacidade da indústria siderúrgica global, as importações de aço brasileiras cresceram a uma taxa recorde de 154% em 2010. Tal ritmo de expansão supera o da produção doméstica, que subiu 25% na comparação com 2009, segundo dados do IABr (Instituto Aço Brasil).


 Desse modo, a maior parte do crescimento da demanda foi atendido pelo mercado externo. "No pós-crise, a América Latina passou a atrair volumes crescentes de exportações e isso foi percebido claramente no Brasil. O recorde de consumo infelizmente não significou recorde de produção de aço no país, mesmo com sobra de capacidade", afirmou o presidente do Conselho Diretor do IABr, André Gerdau Johannpeter.
Pelos dados do IABr, a fabricação de aço no país somou 33,1 milhões de toneladas. O resultado está abaixo do recorde de 33,7 milhões de 2008, alcançado antes da crise global do fim de 2008 e que se arrastou por todo o ano passado.

Segundo o IABr, dois são os motivos para o crescimento das importações de aço: a queda do dólar, que barateia o aço produzido no exterior, e a sobra do produto na Europa e na Ásia, com exceção da China.
Com isso, o consumo aparente de aço (produção doméstica acrescida de importações e descontadas as exportações) subiu 44% ante 2009 e de 11% na comparação com 2008. Já as vendas internas de aço cresceram 30%. As exportações, por sua vez, subiram apenas 1% em 2010.
Para 2011, o IABr estima um crescimento de 6% no consumo de aço, mas o instituto não fez previsões para exportações, importações e produção doméstica em razão das incertezas quanto à evolução do câmbio e dos excedentes de oferta de outros países.

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