sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Bernanke se mostra mais confiante com recuperação

A economia dos Estados Unidos pode finalmente estar acertando seu passo, mesmo que o crescimento ainda esteja muito fraco para realmente diminuir a taxa de desemprego, disse nesta sexta-feira o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke.
Sem dar pistas sobre a futura direção da política monetária, Bernanke pareceu um pouco mais otimista, embora ainda cauteloso, citando a melhora nos gastos dos consumidores e a queda dos pedidos de auxílio-desemprego como sinais de que a frágil recuperação está ganhando corpo.

"Temos visto evidências crescentes de que uma recuperação autossustentável dos gastos dos consumidores e das empresas pode estar acontecendo", disse Bernanke em seu primeiro depoimento ao Congresso desde que o Fed lançou o controverso plano para injetar 600 bilhões de dólares na economia.
Os comentários vieram a público uma hora após o Departamento de Trabalho reportar que a economia gerou 103 mil empregos em dezembro, número que decepcionou o mercado. A taxa de desemprego recuou a 9,4 por cento, contra 9,8 por cento, mas o declínio se deveu em parte ao preocupante número de pessoas deixando a população economicamente ativa .

Bernanke, cujo testemunho ao Comitê de Orçamento do Senado foi enviado ao Congresso antes dos dados de emprego, defendeu a compra de títulos pelo Federal Reserve ao destacar a fraqueza no mercado de trabalho e o que ele vê como riscos associados à inflação muito baixa.
"O desemprego persistentemente elevado, ao minar a renda e confiança, pode ameaçar a força e a sustentabilidade da recuperação", disse Bernanke.
"A inflação muito baixa aumenta o risco de que novos choques adversos possam empurrar a economia para a deflação. A deflação induzida por uma ociosidade econômica pode levar a períodos ampliados de performance econômica fraca."

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Fluxo estrangeiro fica positivo em R$ 5,96 bilhões na Bovespa em 2010

Depois da forte atuação do investidor estrangeiro no mercado acionário brasileiro em 2009, quando o fluxo ficou positivo em R$ 20,597 bilhões, o não residente colocou o pé no freio em 2010, quando as compras do investidor internacional na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) superaram as vendas em R$ 5,96 bilhões.


  Em 2010, o Ibovespa subiu 1,04%, para 69.304 pontos. Ao longo do ano, o fluxo estrangeiro ficou negativo em sete meses e positivo nos cinco restantes.
Ao excluir o resultado de 2009, ano em que o principal índice do mercado brasileiro disparou 82,7%, o fluxo direto do estrangeiro na Bovespa de 2010 foi o melhor desde 2003, quando ficou positivo em R$ 7,495 bilhões.

Saldo negativo em dezembro
Apenas em dezembro, o saldo de atuação do estrangeiro na Bovespa ficou negativo em R$ 334,3 milhões, resultado da injeção de capital de R$ 43,066 bilhões e da saída de R$ 43,401 bilhões. Apesar do fluxo, o Ibovespa acumulou ganho de 2,36% no mês passado.
Na mesma trajetória do estrangeiro, o saldo de atuação do investidor pessoa física ficou negativo em R$ 1,827 bilhão em dezembro. Já as compras do institucional superaram suas vendas na Bovespa em R$ 5,783 bilhões no período.
No mês passado, os investidores estrangeiros responderam por 32,97% de todas as compras e vendas na Bovespa, o que representou a perda do primeiro lugar na lista de participação para os institucionais, com 34,29%. Já as pessoas físicas ficaram com uma fatia de 20,46% no intervalo.