segunda-feira, 21 de junho de 2010

Bolsas dos EUA fecham em queda após momento de euforia com China

NOVA YORK - As bolsas de valores dos Estados Unidos mais uma vez sucumbiram a uma onda de vendas no final da sessão e terminaram em baixa nesta segunda-feira, fraca de volume de negócios.

Esperanças quanto a uma nova flexibilização do iuan se transformaram em dúvidas sobre a velocidade e a magnitude das intenções de Pequim.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, teve oscilação negativa de 0,08 por cento, para 10.442 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,90 por cento, para 2.289 pontos. O Standard & Poor's 500 perdeu 0,39 por cento, para 1.113 pontos.

O tom negativo do mercado erodiu o otimismo inicial com os benefícios da decisão chinesa. As ações abandonaram os ganhos à medida que investidores questionaram a eficácia do que espera-se que seja uma mudança gradual no iuan.

"O anúncio foi considerado construtivo, mas os mercados foram incapazes de sustentar essa euforia uma vez que olharam para os detalhes", disse John Brady, vice-presidente sênior da MF Global, em Chicago.

Enquanto o viés positivo com a decisão chinesa se esvaiu, o pessimismo de que o plano levaria a um aumento nos custos de importações da China pesou sobre as varejistas norte-americanas. As ações do Wal-Mart, componente do Dow Jones, caíram 1 por cento. O índice de varejo do S&P cedeu 1,7 por cento.

"Parece que tudo de baixo custo das varejistas é feito na China", afirmou Brian Gendreau, estrategista de mercado da Financial Network Investment Corporation, em El Segundo, Califórnia.

As perdas foram ainda maiores no Nasdaq, devido à fraqueza dos papéis de grandes companhias de tecnologia. Amazon.com caiu 2,6 por cento, após a varejista online cortar o preço do Kindle para 189 dólares, ante 259 dólares. As ações do Google recuaram 2,3 por cento, enquanto as da Microsoft cederam 1,9 por cento.

Os mercados abriram em alta, com investidores afirmando que o movimento da China em relação ao iuan poderia elevar os prognósticos de lucros para as multinacionais. As ações da Freeport-McMoRan Copper & Gold avançaram 3,3 por cento e as da Alcoa, componente do Dow Jones, saltaram 5,5 por cento.

(Reportagem adicional de Matthew Lynley)  RYAN VLASTELICA  REUTERS

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