quarta-feira, 28 de julho de 2010

Siderúrgicas garantem ter capacidade para suprir demanda do pré-sal

RIO - A Usiminas espera elevar em 3 milhões de toneladas a capacidade de produção de aços planos nos próximos dois anos, atingindo 10 milhões de toneladas anuais. A afirmação foi feita pelo vice-presidente de negócios da companhia, Sérgio Leite de Andrade, para quem o crescimento garantirá o suprimento para as necessidades da cadeia de óleo e gás.
"Somos o maior produtor nacional de aços planos, com 7 milhões de toneladas e vamos expandir. Isso garante a capacidade produtiva para as demandas do setor de óleo e gás", frisou Andrade, que participou do 65º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), no Rio de Janeiro.
O diretor-executivo de aços especiais da Gerdau, Joaquim Bauer, também acredita que a companhia terá condições de suprir as necessidades de aços especiais surgidas com a exploração da camada pré-sal do litoral brasileiro.
A empresa tem, no Brasil, capacidade de produzir até 2 milhões de toneladas por ano nas unidades de Charqueadas, Pindamonhangaba e Mogi das Cruzes, além de outros 2 milhões e toneladas em plantas nos Estados Unidos e na Espanha. "Isso permite que possamos absorver com alguma folga os desafios do pré-sal no Brasil", disse Bauer.
Para Paulo Augusto Filho, vice-presidente de tecnologia da FMC Technologies, o principal desafio tecnológico para o pré-sal será o grande volume de poços que deverão ser perfurados. Segundo ele, as soluções para reduzir a corrosão serão peça-chave no desenvolvimento dos produtos, com a utilização de aço forjado com revestimento de ligas de níquel em larga escala.
"Para 10, 15 poços, não há problema. Mas para 500 poços, teremos que encontrar novas formas de desenvolver os produtos", ponderou.

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